Na verdade era mestiço, mas alguns setores " classsificam-no" como negro, " classificação" que hoje se generaliza, tipo " genocídio estatístico" ou assimilacionismo de inspiração colonial. Chegou à Presidência em 1909 após o falecimento de Afonso Pena, de quem era Vice Presidente, completando o mandato até 1910. Antes tinha ocupado o cargo de Presidente da então Província do Rio de Janeiro.
Filho do Sebastião de Sousa Peçanha, negro, conhecido como " Sebastião da padaria" e de Joaquina Amália de Sá Freire, branca, de família com tradição política no RJ, nasceu em 2 de outubro de 1867 em Campos dos Goytacazes. Formado em Direito.
Casou com Ana de Castro Belisário Soares de Sousa, branca de família rica, que teve de fugir de casa para casar com "mulato pobre".
Seu período presidencial foi politicamente agitado, ficando como criador do ensino médio, do ministério da Agricultura e do Serviço de Proteção aos Índios . Grande parte da imprensa publicava textos e caricaturas contra ele sublinhando pejorativamente sua cor.
Após a Presidência da República voltou ao Senado e à Presidência provincial do RJ. Em seguida foi ministro das Relações Exteriores, revelando forte influência política em todo o periodo
Candidato presidencial em 1922, pelo movimento liberal republicano oposto às oligarquias estaduais, perdeu para Artur Bernardes.
Faleceu no Rio em 1924 afastado da política. É nome de uma das principais avenidas do centro do Rio.
É importante visibilidade a trajetória de um intelectual como Nilo Peçanha, ainda mais em se tratando de um jovem pobre, negro, que chegou à esfera pública em altos cargos, a pesar de todas as vicissitudes.
ResponderExcluir