quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Economia Mundial

 Maiores PIBs mundiais em 2023 pelo metodo PPP (poder de compra paritário). Dia 20 de dezembro publicamos a lista pelo metodo nominal.


Mapa publicado pelo diário francês "Le Monde" sobre possíveis rotas terrestres entre a China e a União Europeia, evitando zonas inseguras. Essas rotas terrestres acrescentam-se à rota marítima do Cabo da Boa Esperança.

De notar no mapa como as 3 principais dessas zonas de guerra fazem linha norte-sul de perturbação entre os dois pontos referidos.



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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Sobre a composição "racial" no Brasil

                 Os recentes dados do IBGE na matéria estão suscitando debates e interpretações. Há pouco foi reproduzida em um dos watts app da UFF a seguinte:


"A particularidade do censo do IBGE é que ele não apenas fornece dados, mas os apresenta orientados por teorias e embalados na ideologia dos analistas que trabalham nele.

Segundo as estatísticas geradas, 45,3% dos brasileiros se declaram como uma mistura de duas ou mais opções de cor ou raça, escolhendo entre branca, preta, parda e indígena, conforme o manual do instituto. Quem assim se identifica é pardo. Alvíssaras, o IBGE descobriu o óbvio, o Brasil é um país mestiço.

Como há um dogma dos militantes atribuído ao IBGE que reza que pardos não passam de uma subdivisão de negros, celebrou-se então a superioridade numérica dos negros nesse país. Mas apenas 10,2% se definem como negros.

É que, embora as pessoas tenham o direito de se identificar como desejarem, inclusive tendo a opção de adotar como critério de escolha a cor ou a raça, jornalistas e militantes se concedem o privilégio de ignorar tal autoidentificação e reclassificá-las conforme seus próprios critérios: pretos e pardos são espécies de negros, ponto final.

Ora, se os pardos se considerassem negros, escolheriam a identificação como pretos, como é óbvio supor. Da mesma forma, caso se vissem como brancos, optariam por essa categoria. Mas não o fizeram, assumem-se como mestiços.

Ocorre que no Brasil a escolha da categoria de cor ou raça deve ser considerada séria demais para se permitir que as pessoas decidam o que são por conta própria. A sociologia militante se concede o poder de decidir em lugar dos cidadãos, inclusive desconsiderando suas próprias percepções. Mas o tratamento é exclusividade dos pardos, claro.

Os militantes da causa negra não demoraram a ressaltar como anos de trabalho árduo dos movimentos resultaram no aumento do número dos autoidentificados como pretos e pardos no Brasil.

Embora isso possa ser verdade, esperemos algum crédito do fenômeno ao fato de que as pessoas vêm se miscigenando no país há mais de 500 anos, bem antes que movimentos negros marchassem com faixas declarando que "miscigenação é genocídio" ou inundassem as redes com denúncias de "palmitagem" de quem se envolveu com pessoas de outra cor.

O cardinalato dos influenciadores que reivindicam falar em nome de todos os negros não iria perder a oportunidade de pontificar sobre o assunto. "É uma vitória termos um Brasil que se reconhece como negro", afirmou-se. Para depois rematar-se com: "Nunca é demais lembrar que pardos e pretos compõem a população negra do Brasil".

Pelo visto, ignora-se o fato de que "o Brasil" se reconheceu majoritariamente como pardo, não como negro, branco ou indígena. Nem deveria ser demais lembrar que pardo é alguém que se reconhece mestiço, misturado, miscigenado, não como componente de qualquer outra população, a não ser a brasileira.

Impressionante como a matriz indígena foi esquecida, como se ela não fizesse pardos.

Ora, ocorre o contrário. O norte do Brasil é pardo, a Amazônia é parda. Os dez municipios com maior percentual de pardos estão entre o Amazonas, o Pará e o Maranhão. Como o colégio cardinalício identitário decidiu que todos os pardos são compulsoriamente negros, a origem indígena do Brasil pardo foi apagada.

O pior é que nem isso é para valer. Parafraseando o verso do Rigoletto de Verdi, "il pardo è mobile, qual piuma al vento". Conforme a conveniência do cardinalato identitário e dos movimentos negros, movem-se os pardos para lá ou para cá.

Nos momentos de fazer volume, pardos são da população negra. Na hora das cotas em concursos ou de dividir cargos, chama-se a polícia racial, ou "comissões de heteroidentificação", para tirar os pardos.

A autoidentificação dos pardos é desconsiderada; o que não se ignora é a premissa que há sempre um pardo querendo desfrutar de reparação que é só devida aos pretos. Pardos são úteis nos numeradores para se calcular as compensações, mas um estorvo depois do cálculo feito.

Vejam Flávio Dino. Alguém tem mais a cara do Brasil do que um caboclo miscigenado do Maranhão, justo onde a Amazônia e o Nordeste se encontram num abraço gostoso?

Pardo, no jargão do IBGE, ou moreno, mulato ou caboclo na língua real do país, Dino tem a cor e a manha da nossa gente.

No Brasil brasileiro, Dino é caboclo inzoneiro, exceto para as autoridades identitárias, que prantearam a sua indicação ao STF alegando que o cargo era para uma pessoa negra. Quando há privilégios e recompensas, pardos não são negros, nem sequer Flávio Dino."

Por Wilson Gomes


Bom Dia


 Reproduzida da Internet sem informação sobre autoria.

domingo, 24 de dezembro de 2023

Rebel Moon

          Primeira Parte: A menina do Fogo. 

Vi hoje na Netflix. Gostei. 

Dirigido por Zack Snyder (" 300", " Liga da Justiça".) que volta a trabalhar o tema da resistência às opressoes ou grandes ameaças. Num quadro inter-planetario.

Interpretação principal: Sofia Boutella ( nascida na Argélia).

A segunda parte anunciada para lançamento em 19 de abril 2024.

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Maiores Economias

As 20 maiores em PIB nominal segundo o mais recente Outlook do FMI:


No chamado G 20, a Espanha e a Suíça não estão.  Apesar de não fazerem parte dos 20 maiores PIBs, África do Sul e Argentina participam nesse Grupo, do qual também fazem parte as Uniões Europeia e Africana.


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Laís Meri foi ao Corcovado

 Viu o Cristo Redentor e tirou bonitas fotos do Rio. Se destacam facilmente  o hipódromo da Gávea e a Lagoa Rodrigo de Freitas. 





sábado, 16 de dezembro de 2023

Radicalização dos Conflitos no mundo de hoje - 1

 Neste domingo novo referendo constitucional no Chile, após rejeição da Constituição proposta pela coligação governamental liderada pela esquerda e eleição da constituinte com maioria de direita e extrema direita. 



É um dado constante o crescimento desta aliança de forças. Recentemente tomou o poder na Argentina, já o tinha na Hungria, na Itália, (nos 3 casos pela via eleitoral), na Guiné Equatorial, em vários países do Sahel e Myanmar ( via golpes de Estado), Arábia Saudita( desde sua fundação), Iran, Afeganistão, etc.

Além disso importantes oposições do mesmo perfil existem nos EUA, França, Brasil, Paraguai, Peru, Espanha, Holanda (onde pode chegar ao poder em função dos resultados eleitorais do mês passado) e posso ter esquecido alguns.

Populismo, identitarismo, militarismo, nacionalismo de base religiosa são os elementos mais presentes nestas forças. Nuns casos predominando um destes comportamentos, em outros aparece soma de todos eles.

O populismo e o identitarismo estão igualmente presentes nos setores autoritários ou totalitários de esquerda. 

A este quadro se opõem a esquerda democrática e a direita e centro liberais-democraticos, conjunto que há poucas semanas derrotou a direita-extrema-direita nas eleições da Polônia. 

As duas guerras de alta intensidade atuais, são conduzidas por governos de direita com participação decisiva da extrema-direita. 

É russo, com influência em círculos próximos do poder, Alexander Dugin, um dos principais teóricos mundiais dessa área política e Putin apoia Trump e Marine Le Pen. O governo ucraniano aceitou e integrou grupos armados ultra direitistas. Repressão a opositores é regra geral em ambos. Os governos de Netanyahu e de Gaza ( Hamas) são de extremados nacionalismos religiosos e priorizam alvos civis com crueldade. 





Na próxima semana focarei o ponto 2. deste título: os niveis mundiais de poder 


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Prêmio Oceanos

 O vencedor em prosa este ano foi o caboverdiano Joaquim Arena, dando lugar a pequenas notícias mesmo na mídia literária, sem o destaque que merecia esta atribuição do prêmio  a um escritor até aqui pouco conhecido na área dos países de língua portuguesa, embora traduza volume  considerável de escritores na mesma situação. Garantias de nova literatura de qualidade e profundidade em português. 

Nem sequer mera notinha de primeira página ou página inicial. A referência mais detalhada vem do boletim on-line em inglês "Writing África" de James Murua.


Em poesia o prêmio é para Prisca Agustoni, apresentada na maior parte daquela mídia como " suíça naturalizada brasileira ". Se é naturalizada é brasileira ou, se for o caso, dupla nacional. Alguém bom da cabeça designaria Clarisse Lispector como escritora ucraniana naturalizada brasileira? 


O prêmio Oceanos parece-me menos sujeito a pressões geopolíticas que o prêmio Camões (na minha opinião devia ter outro nome de batismo, se quer representar a produção em português de forma abrangente). 

A expressão Oceanos evita  ligação a nomes e, pelo menos até aqui, não tenho motivos para pensar que repercute escritores projetados por marketing de origem ideológica. 

Veremos se resiste às pressões do mercado editorial, do identitarismo e dos decisores ideológicos.

Por todas estas razões os laureados deste ano mereciam mais atenção da midia literária.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

U.E. aprova regulação do uso de IA

 O Conselho e o Parlamento europeus chegaram a conclusão das negociações sobre regras de recurso a Inteligência Artificial, iniciadas em junho deste ano. A União Europeia é assim a primeira na matéria à escala mundial. O anúncio já está em alguns órgãos de mídia e boletins universitários. 

Inteligência Artificial já vem sendo usada em alguns ramos de economia, cultura, previsões e ensino, mas seu alcance está na iminência de se alargar, aumentando a rapidez na obtenção de resultados em tarefas e atividades, com efeitos enormes na produtividade geral.

Por outro lado, causa interrogações sobre interferência na vida privada e nas liberdades públicas. 

Aguardamos o texto regulador dos Estados Unidos.



sábado, 2 de dezembro de 2023

Debate em Lagos

 Cidade portuguesa onde decorreu o primeiro mercado de escravos no Atlântico em 08 de agosto de 1444. Na biblioteca municipal eu e Laurentino Gomes respondemos a perguntas da moderadora Fernanda Almeida e do público. Também autografamos  alguns de nossos livros. 

Excelente ambiente e pessoas muito interessantes e interessadas.





sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Seniores

 É o nome que dão aos antes designados como idosos ou terceira idade. Os números dessa faixa etária sobem em todo o mundo. A França espera ter em 2050 um terço de sua população acima dos 60 anos. Deve ser idêntico em todo o hemisfério norte desenvolvido. Em países de desenvolvimento intermediário - como o Brasil - não estaremos muito longe disso. 

Os seniores vivem mais hoje que em gerações anteriores e a maior parte vive melhor ou muito melhor. E são mais qualificados. 

Isto implica mudanças nas mentalidades, vontades e capacidades. Para grande número de seniores o problema é permanecer ativo, não se deixar morrer em vida que ainda poderá ser longa. Ou seja, lutar por oportunidades e contra os preconceitos ou discriminações etárias. 

Não é fácil, mas isso não é novidade para quem percorreu picadas ameaçadoras para chegar até aqui nesta forma. Foram precisas determinação, aumento constante das capacidades e solidariedade. Neste caso, em duplo sentido: recebendo e dando.

Os números em evolução não mudam nada a estes três requisitos, nem ao ambiente da caminhada. 

Escrevo este texto após ter lido no semanário francês " L'Obs" uma entrevista com o sociólogo Serge Guerin sob o título "Ser Senior é com frequência não se deixar enganar".