segunda-feira, 30 de abril de 2018

1º de maio

Na maior parte dos países onde a data é feriado, hoje várias atividades estão paradas. Voltamos na quarta feira e espero então escrever a prometida terceira postagem dos "Irregulares e Decididos". Bom feriado a todos e todas.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

CREFCON



Aula debate sobre a formação do povo brasileiro, análise socio-econômica da evolução histórica populacional. Mais um convite do Crefcon ( São Goncalo, RJ) no seu trabalho docente.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Dia da Liberdade

44 anos de aniversário da derrubada da antiga ditadura portuguesa com grandes efeitos na Europa e África. Data inesquecível para quem viveu aquela época e importante para quem veio depois.

terça-feira, 24 de abril de 2018

exposição em SP


Quem quer silenciar os blogues?

Ataques aos blogues democráticos é algo corrente em vários países. Uns vêm dos governos, outros de entidades que praticam vários tipos de terrorismo: desde o armado ao da intimidação, calúnia , chantagens, deturpações deliberadas, perseguições profissionais ou académicas, etc. A resistência firme tem sido a posição de todos nós e não admitimos qualquer interferência nas nossas elaborações, orientações e solidariedades. Agora aparece uma nova tática silenciadora na Tanzânia. Os nossos camaradas blogueiros ( e animadores de outras formas de comunicação nas redes) terão de pagar 480 dólares US pela licença de existir e mais 440 dólares anualmente. As autoridades inventam pretextos, como "impedir mentiras", sendo evidente que os mentirosos autores de fake news têm dinheiro para prosseguir. São os corretos que não têm. É provável que outros regimes autoritários sigam este exemplo. E nós continuaremos a luta pela liberdade de expressão.
Ainda esta semana voltarei à serie "Irregulares e Decididos", parte deste combate.

domingo, 22 de abril de 2018

Irregulares e Decididos (2)


A República Centrafricana (ou Centro-Africana) está de novo em risco de guerra, apesar da presença de importante força da ONU (MINUSCA). O antigo movimento Seleka (significa Aliança), composto em maioria por muçulmanos ( que  são minoria no país e se consideram perseguidos, sobretudo na capital) está a reconstituir a sua unidade ou pelo menos colaboração de tendências, transformadas em milicias, ameaçando atacar a capital ou, no mínimo, fazer ataques e atentados dentro dela. Este movimento teve inicio como guerrilha perto da fronteira sudanesa e esteve no poder em Bangui durante pouco mais de um ano. Nesse periodo foi acusado de constantes violações dos direitos humanos, brutalidade e incompetência. Foi derrubado. Um elemento que contribuiu para tal foi a criação do grupo de auto-defesa Anti-Balaka, visto como cristão. Inicialmente de auto-defesa transformou-se em milicia e também foi objeto de acusações de brutalidade, sobretudo contra os muçulmanos. Um ponto de atrito desde então é o bairro PK5 de Bangui, zona comercial da cidade e residencia principal da comunidade islâmica na cidade. Nessa fase do conflito, uma força de paz inter-africana esteve estacionada na RCA, sob a égide da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) apoiada pela França que dispõe de uma base na RCA e até uma mal organizada intervenção sul-africana. A própria França tomou a iniciativa de pedir  criação da força de paz da ONU, incluindo contingentes africanos. Ao mesmo tempo a União Europeia lançou uma unidade de treino para refazer o exército nacional centrafricano. Acreditou-se que um periodo de paz se seguiria com a eleição democrática do Presidente Touadera, porém as milicias politicas continuaram  ativas e surgiram gangs de delito comum. Neste contexto, os antigos componentes da Seleka aparecem como ameaça recorrendo aos seus velhos metodos. Os anti-Balaka têm comportamentos diversos; alguns dos seus grupos funcionam  como simples auto-defesa, outros usam brutalidade e não respeitam os direitos humanos. O exército nacional em reconstituição tem até aqui apenas dois batalhões com um terceiro em formação. Os existentes participam das operações contra grupos armados ilegais, em conjunto com a MINUSCA. Esta sofreu vários ataques e as duas tendências da antiga Seleka consideram-na como inimiga. Os anti-Balaka dizem que não entregam as armas enquanto a Seleka for um risco forte, sendo provável que alguns já se tenham integrado - ou venham  a integrar - no exercito regular em reconstituição.  Os países integrantes da MINUSCA são mencionados no mapa abaixo. O Brasil foi convidado a fazer parte, tendo aceite num primeiro tempo mas depois recusou. Angola apoiou financeiramente o governo de transição antes das eleições.
mapas: Internet (editado por mim) e do "Diário de Noticias" de Lisboa

A próxima postagem desta serie será sobre formas de agressão á mulher nestes conflitos e correspondentes formas de resistência.

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Irregulares e Decididos (1)


Os combatentes ditos irregulares têm tido ao longo da História papel importante, inclusive em conflitos maiores como a segunda guerra mundial, alem de terem sido motores de muitas derrubadas de ditaduras. Neste momento na zona do Sahel são essenciais, por vezes mais eficazes que forças regulares. O líder de um desses grupos - o Movimento pela Salvação de Azawad (de base Tuaregue, portanto) - declarou aos nossos amigos da "Jeune Afrique" ( na qual escrevi bastante nas décadas de 60 e 70) a disposição do seu grupo em enfrentar o terror do recém criado agrupamento Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS). Deu ainda informações sobre suas operações recentes contra os jihadistas no Mali e Niger. Outro grupo da mesma linha é o Grupo de Auto Defesa Tuaregue Imghad e Aliados (Gaita) que atua em cooperação com  MSA. Estes grupos de auto-defesa existem também em meios camponeses do Norte da Nigéria opostos ao Boko Haram(BH) e foram eles que libertaram algumas das alunas raptadas pelo BH em Chibok.
A agressão e repressão - inclusive corporal e imposições de indumentária - contra  a mulher é parte integrante central do jihadismo; a esse ponto dedicaremos portagem próxima.
Além do referido novo movimento EIGS surgiu também o Grupo de Apoio ao Islam e aos Muçulmanos (GAIM), autor do ataque do passado 18 de março em Uagádugu (Burkina Faso), dirigido por um tuaregue jihadista maliano, Iyad Ag Ghali, chefe do Ansar Dine que participou da ocupação do norte do Mali há 3 anos, com relevo para a cidade histórica de Tomboctu, onde destruiram documentos, símbolos culturais e impuseram uma severa dominação ás mulheres, como aparecem muito bem retratado no famoso filme "Timbuktu" de diretor mauritaniano (creio que pode ser baixado no You Tbe)
No caso do MSA e Gaita, mobilizam  cerca de 300 combatentes com grande mobilidade, segundo aquela entrevista à "Jeune Afrique". Em momentos mais importantes têm apoio da força aérea francesa e soldados regulares do Mali, Niger e Burkina . A foto abaixo mostra um encontro de membros desse bloco.


 A próxima postagem sobre o tema "Irregulares e Decididos" abordará África Central.

Só um pequeno aviso

Frase muito importante para explicar postagens feitas e que continuaremos a fazer neste blog:

" A voluptuosidade física é uma experiência dos sentidos...um conhecimento do mundo, a plenitude e o esplendor de toda a sabedoria! "
Rilke

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Textos online "Trabalhos em Curso"

                                     Os quatro números da serie disponíveis em

                                            http://panguila.autores.club

terça-feira, 17 de abril de 2018

Starbucks : café com protesto

A maior cadeia de cafés do mundo fecha mais de 8.000 lojas nos Estados Unidos para desenvolver programa de educação sobre relações raciais destinado aos seus 175 mil empregados. Esta medida vem na sequencia de incidente semana passada, numa loja da Starbucks em Filadélfia, quando dois negros  pediram para usar o WC, pedido recusado por empregados. Os dois homens permaneceram na loja, informando os empregados esperarem um amigo. Porém um empregado chamou a policia que prendeu os dois.. O juiz a quem o caso foi entregue não deu andamento ao processo por ausência de provas de crime e o assunto gerou grandes protestos com acusação de racismo ao comportamento da loja.


sábado, 14 de abril de 2018

Sábado dificil

A operação ocidental contra instalações de produtos químicos do regime sírio foi pontual e limitada. Começou a fase das narrativas onde cada campo declara vitória . A guerra continua com 4 campos beligerantes principais : as forças do governo; .os rebeldes, quer dizer,  opositores armados não jihadistas, o maior dos quais seria o Exercito Síria Livre criado por desertores do exercito governamental ; os jihadistas, com relevo para o ISIS e uma frente na tradição da Al Qaida e unidades combatentes apoiadas pelos USA, sendo principais as SDF- compostas por curdos e arabes. Hoje faz 4 anos que o BH raptou cerca de 200 alunas da escola em Chibok ( Norte da Nigeria ) e milhares de pessoas vieram para a rua lembrar que uma centena continua nas mãos dos terroristas.  No Senegal o Iman Ndao acusado de apelos à violência está em tribunal.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

repressão

Mohamed Ibrahim, egipcio,blogueiro e comunicador de you tube está preso desde o passado dia 6 em local desconhecido. É mais um ataque à rede de blogues democráticos
 Não sabemos qual o pretexto da policia do Egito neste caso.  Como em várias partes do mundo, neste país várias são as invenções obscurantistas para  silenciar  os blogues e atividades relacionadas.A Linha da Frente dos Defensores (FLD) publicou um comunicado sobre a desaparição deste nosso companheiro.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Lula

O ex presidente do Brasil, condenado em 1ª e 2ª instancia por corrupção - que ele nega - após perder o pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal, recebeu ordem de prisão pelo juiz Sergio Moro, que conduz a operação Lava Jato. Esta ordem deixa-lhe a hipotese de se entregar ele próprio à policia em Curitiba até amanhã ás 17 horas. Ele vai ou diz onde está e espera que o venham buscar? Outra duvida: com tudo isto ele pode candidatar-se ás eleições de outubro, conforme decisão do seu partido?

terça-feira, 3 de abril de 2018

Bullying - Uma vida importa?

É o nome de um grupo que acompanho no facebook com muito interesse. O assunto é sério e exige resposta urgente devido às suas dimensões  ( já vem de longe mas só gerou real preocupação recentemente). Nos meus tempos de adolescente, coisas desse tipo nós resolvíamos com porrada e os agressores acabavam com medo. Se não há resistência a canalha que faz bullying (e coisas muito parecidas) acredita-se imune e impune. Mas, claro, há outras formas de enfrentar essa prática nojenta: as instancias dirigentes das unidades de ensino têm de deixar a atual covardia e assumir o seu papel em defesa dos direitos e dignidade humana; os tribunais têm de ser mais acionados; movimentos de solidariedade têm de ser constantes ao invés da sua quase total  ausência, como ocorre; campanhas de sensibilização (como as do grupo referido) devem multiplicar-se.  Por outro lado, além do bullying tradicional, entre alunos, surgiu um tipo particular contra professores, inclusive ameaças, pressões de maus alunos e  agressão física. Perante isto, muitos docentes deixam a carreira enquanto outros estão dispostos a acionar os tribunais (caso persista o silêncio dos responsáveis escolares ou universitários) e os mais radicais pensam em defesa pessoal no caso de ameaças ou agressão física. No Brasil causou grande comoção  o ataque sangrento a uma professora indefesa em Santa Catarina. Um vida importa sim. Sobre isso não pode haver indiferença.