HQ

Reproduzindo HQ famosa postada por meu colega Prof. Fernando Roberto, um dos maiores colecionadores e especialistas desta Arte.

Começo de semana

Aí vamos nós para mais uma temporada do Game of Thrones. Ao mesmo tempo continuo no Netflix com o Scandal uma serie de bons e maus momentos sobre luta pelo poder e suas intrigas. O nosso Salim Miguel faleceu no mesmo dia em que passaram 400 anos da morte de Shakespeare e Cervantes. Oficialmente morreram no mesmo dia mas na verdade houve uns dias de diferença.  Naquela época os calendários de Inglaterra e Espanha eram diferentes. Hoje é  25 de abril. Para quem sabe ou viveu aquilo, foi o começo do fim do Império colonial português. Hoje recomeçam as aulas na UFF. E ontem à  noite tive que ouvir a estupidez de uma professora de História que felizmente não  é da UFF. Interesante como estupidez excessiva faz rir...

Salim foi embora

Desta vez Salim Miguel e seus 92 anos não resistiu ao chamado final. Faleceu em Brasília para onde tinha mudado a residência após décadas em Floripa. Grande escritor, acabamos por nos conhecer há mais ou menos uma década a propósito do seu livro "Cartas d'África ". Escrevi sobre ele duas vezes. A última vez que lhe falei foi ano passado ao telefone e agora recebi a notícia por postagem do Carlos Serrano. Uma grande figura literária brasileira que nos deixa. Meus sentimentos a Egle sua esposa.

Brasil e Venezuela: significado de Presidentes nos limites

Com o processo de impeachment da Presidente Dilma  em andamento e tendência para ser aprovado, o Brasil deve assistir a partir do próximo mês a grande mudança de pessoal político dirigente. Se isso vai corresponder a mudança de métodos é o que veremos. Como já aqui escrevi a melhor solução para mim seria eleição antecipada, dando voz aos eleitores que, com a experiência mais recente, talvez votassem de forma mais consciente tanto para a Presidência como para o Congresso e até a nível estadual ou municipal. Foi a sociedade quem colocou todos os detentores do poder onde  eles estão, embora a larga maioria dessa mesma sociedade hoje faça queixas amargas contra todos. Mas no Brasil isso só é possível se a eleição anterior for anulada com cassação da dupla vencedora. Há um processo no tribunal eleitoral nesse sentido, mas com poucas chances.

Na Venezuela o caminho é outro. A Assembleia Nacional, onde  nas mais recentes eleições a oposição (MUD) conquistou confortável maioria, decidiu reduzir o tempo de mandato presidencial (dos atuais 6 anos para 4) e o numero de mandatos ( do atual sem limite para 2). Nestas condições o Sr. Manuel Maduro terá de se submeter a eleições no próximo mês de dezembro. As previsões  são de que vai perder.

Sejam quais forem os resultados, estes limites são importantes para evitar reprodução indefinida de poderes pessoais ou de oligarquias (velhas ou novas), baseados em falsas promessas eleitorais ou artifícios jurídicos ou ainda manipulações constitucionais. Neste caso, penso em vários países africanos. Só na África Central, 3 presidentes conseguiram recentemente  mudar a Constituição ou deram-lhe uma interpretação muito duvidosa, para ficarem  mais tempo no palácio. Na RD Congo uma forte luta governo-oposição está em curso sobre  tentativas semelhantes.

O limite de mandatos e a possibilidade de eleições antecipadas em casos flagrantes, são duas vias cruciais para a sociedade controlar o estado e seus políticos.

impeachment

Fiquei horas em frente à televisão seguindo a votação em Brasília onde 367 deputados contra 137, além de  7 abstenções e duas ausências, consideram Dilma como autora de crimes de responsabilidade nas áreas fiscal e orçamental. Há opiniões dizendo tratar-se "apenas" de má gestão financeira sem crime. Agora o assunto passa para o Senado mas o debate na sociedade e na classe politica deve prosseguir, a menos que Dilma tome alguma iniciativa inovadora. Uma delas seria convocar eleições antecipadas. Mas não sei qual é o procedimento a seguir e, por outro lado, ela perdeu muito tempo. Seja como for, o Brasil precisa urgente de inovação porque o modelo socioeconômico entrou em esgotamento e a relação do governo com a sociedade e as demais forças políticas tornou-se paralisante para todo o país.

Brasil na incerteza e no impasse

No meio de tanto escândalo, de tantas suspeitas e tanta estupidez, cada vez mais me convenço que a medida correta seria convocar eleições gerais para este ano. Desde a Presidência às Prefeituras. Responsabilizar a sociedade pela solução da crise.

violações de direitos humanos

Conforme os últimos comunicados que recebi do Front Line Defenders:
Honduras -Tentativa de assassinato contra Juan José  Zamorano e Jlo Cordoba ativistas do direitos de LGBTI.
Síria - prisão junto à  fronteira libanesa de Jdea Abdullah Nawful, líder do Centro para a Democracia e Direitos Civis. Impedido de participar de workshop em Beirute e detido num local da Inteligência Militar em Damasco.

De outra fonte e sobre situação em campus universitários do Brasil :
Movimento de protesto em curso contra violência sexual e clima de medo entre as estudantes da  Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Um movimento de resistência de R. I./UFF acusa a Reitoria de indiferença. O campus de UFRRJ há muito tempo é considerado inseguro mas não é caso único. Perante isto as indiferença das autoridades são comuns. (agradeço às  alunas de RI/UFF que me enviaram o comunicado).

Vendo e lendo

Com o fim deste semestre especial - na verdade reposição do segundo semestre do ano passado devido aquela greve cretina na UFF - com as notas dadas e encaminhadas, fico uns dias com mais tempo para meus filmes, minhas leituras e escritos. Vou tentar adiantar um projeto que tenho há algum tempo e abro caminhos para duas novas edições de textos já publicados.
No Netflix abriu nova temporada da série "Reign". Nada de extraordinário mas interessante. Agora Netflix abriu a possibilidade de recurso a cartão pré pago, porque entraram em divergências com alguns bancos. Um pelo menos de certeza.
Nas leituras não profissionais estou perto do fim de "13 horas ", grande crónica dos acontecimentos de Bengazi nos quais morreu o embaixador USA, causa de dores de cabeça para Hilary Clinton até  hoje. Mas não é por isso que comprei o livro. É porque sempre tive grande interesse em saber como pequenos grupos se defendem em situações extremas.