sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Forum Científico Mundial

 


(eu tive conhecimento da data do evento pela Professora Beverly Thaver da UWC  - Cabo, África do Sul - que  vai participar)

Da comunicação da Faperj recebida ontem:

Elena Mandarim
Como a ciência pode assumir um papel ativo no desenvolvimento global e ajudar a resolver as problemáticas do século XXI? Pesquisadores do mundo inteiro estarão reunidos, no Fórum Mundial de Ciência 2013, para tratar de diversos temas, como o uso da tecnologia para lidar com recursos naturais renováveis e não renováveis; medidas para o enfrentamento da desigualdade social e econômica internacional; alternativas sustentáveis para alavancar o crescimento produtivo no mundo, entre vários outros. Organizado anualmente pela Academia de Ciências da Hungria e considerado a maior e mais importante reunião internacional de cientistas e autoridades do setor, pela primeira vez o evento será realizado fora do continente europeu. Desta vez, organizado em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o fórum terá lugar na cidade do Rio de Janeiro e acontecerá de 24 a 27 de novembro, no Hotel Windsor Atlântico, em Copacabana. Para abordar as mesmas questões globais, só que com o olhar um pouco mais voltado para a realidade brasileira, nos dias 21 e 22 de novembro, terá lugar um encontro prévio, o Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os dois eventos contam com o apoio da FAPERJ.

O Fórum Mundial de Ciência 2013 contará com a presença de mais de 600 líderes mundiais de mais de 120 países. Com o tema "Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global", seu objetivo é discutir formas viáveis de empregar o conhecimento científico para propor políticas globais que facilitem a construção de um futuro sustentável, ou seja, com capacidade de suprir necessidades, sem esgotar os meios produtivos. O encontro reunirá políticos, tomadores de decisão, representantes da sociedade civil e grandes nomes da área científica brasileira e internacional, como Yuan Tseh Lee e Werner Arber, ganhadores do prêmio Nobel de química e medicina, respectivamente. Com participação exclusiva de convidados, o evento será transmitido ao vivo pela internet (www.sciforum.hu).

As sessões plenárias do Fórum vão abordar, entre outros assuntos, as "Desigualdades como barreiras para a sustentabilidade global"; "Ciência dos recursos naturais"; "O papel fundamental da ciência para a inovação"; e "Políticas Científicas e Governamentais". Para este último debate, foi convidado o físico brasileiro Luiz Davidovich, pesquisador do Instituto de Física, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Resumidamente, Davidovich explica que serão discutidas formas de colaboração entre os grupos científicos internacionais visando estabelecer diretrizes comuns para a condução das políticas internacionais adotadas para o enfrentamento de diversas questões de interesse global, como desastres naturais, disponibilidade de água, alternativas energéticas, aquecimento global.

Davidovich também foi um dos pesquisadores convidados a participar do seminário que antecede o fórum. Ele destaca que um objetivo comum aos dois eventos é discutir a importância de se promover uma ampla popularização da ciência e tecnologia. "É fundamental que a sociedade global seja familiarizada não só com os termos científicos, mas também entenda como o desenvolvimento da ciência pode trazer aplicações práticas para a melhoria da qualidade de vida. Cada vez mais a população, por meio de seus representantes legais, é convidada a aprovar ou não algumas etapas do processo de pesquisa básica e aplicada. Dessa forma, promover a educação científica facilita que essas tomadas de decisão atendam o interesse da maioria", explica Davidovich. Ele desenvolve pesquisas em física quântica, uma área de pesquisa básica essencial para o desenvolvimento de várias tecnologias modernas amplamente utilizadas, como o laser, o microscópio eletrônico e a ressonância magnética.

Para expor considerações sobre perspectivas da ciência no Brasil e no mundo, representantes das agências de fomento que apoiaram o evento foram convidados para cerimônia de encerramento do fórum. Entre eles, o presidente da FAPERJ, Ruy Marques; o diretor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fernando Ribeiro; o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães; e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva. "Consideramos uma grande honra para a cidade do Rio de Janeiro sediar esse evento tão relevante. Uma das grandes metas da FAPERJ é, justamente, a prática da difusão e da popularização da ciência e da tecnologia, procurando levar a toda a população os benefícios decorrentes da evolução nessas áreas”, enfatiza Ruy Marques.

Além da Academia de Ciências da Hungria e da ABC, a comissão organizadora do fórum conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do International Council for Science (ICSU), da American Association for the Advancement of Science (AAAS), da Academy of Sciences for the Developing World (TWAS) e do European Academies Science Advisory Council (Easac).

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