sábado, 9 de novembro de 2013

a batalha da agressão sexual

No Brasil os casos declarados de  estupro ano passado foram da ordem dos 50 mil. Como no mínimo metade dessas  agressões não são reportadas, podem ter sido da ordem dos 100 mil. Mais do dobro dos homicídios. Na África do Sul, a mídia  e entidades médicas consideram uma violação sexual cada 26 segundos. Na Índia não há estatísticas precisas mas há noticias constantes  com consequências mortais.
Portanto três dos BRICS comandam esta triste situação.
A autodefesa das  vítimas aparece como essencial. O spray lacrimogênio  de uso pessoal é o mais conhecido. Uma médica sul-africana (que também foi vítima de relação forçada) criou um preservativo, para ser usado em zonas de risco, com dentes no interior, fere  o  pênis do criminoso e fica  agarrado quando ele tirar. Existem também projetos de roupa interior com dispositivos de descarga  elétrica. Na Índia,  grupos cada vez maiores de mulheres  treinam defesa pessoal e deslocam-se com armas de fogo ou facas.
Nos três países mencionados, as autoridades dizem-se alarmadas mas os crimes deste tipo aumentam. A um ritmo muito maior que os demais tipos.
Na RD Congo, sobretudo no Leste em zona de combates, todas as forças armadas cometem agressões sexuais, muitas vezes de forma coletiva. O Dr. Denis, diretor da clinica de Bukavu para atendimento  a mulheres  agredidas - já falei dele em postagem anterior - declara que, nessa  área, o corpo da mulher é campo de batalha e a mulher em si é alvo estratégico de todos os beligerantes.
Simplesmente nojentas  são as insinuações culpando as vítimas.
Então? Tudo isto vai continuar a decorrer  sem resposta  eficaz?

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