(eu tive conhecimento da data do evento pela Professora Beverly Thaver da UWC - Cabo, África do Sul - que vai participar)
Da comunicação da Faperj recebida ontem:
Elena Mandarim
Como a ciência pode assumir um papel ativo no desenvolvimento global e ajudar
a resolver as problemáticas do século XXI? Pesquisadores do mundo inteiro
estarão reunidos, no Fórum Mundial de Ciência 2013, para tratar de
diversos temas, como o uso da tecnologia para lidar com recursos naturais
renováveis e não renováveis; medidas para o enfrentamento da desigualdade social
e econômica internacional; alternativas sustentáveis para alavancar o
crescimento produtivo no mundo, entre vários outros. Organizado anualmente pela
Academia de Ciências da Hungria e considerado a maior e mais importante reunião
internacional de cientistas e autoridades do setor, pela primeira vez o evento
será realizado fora do continente europeu. Desta vez, organizado em parceria com
a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o fórum terá lugar na cidade do Rio de
Janeiro e acontecerá de 24 a 27 de novembro, no Hotel Windsor Atlântico, em
Copacabana. Para abordar as mesmas questões globais, só que com o olhar um pouco
mais voltado para a realidade brasileira, nos dias 21 e 22 de novembro, terá
lugar um encontro prévio, o Seminário Brasil – Ciência, Desenvolvimento e
Sustentabilidade, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os dois
eventos contam com o apoio da FAPERJ.
O Fórum Mundial de Ciência 2013 contará com a presença de mais de 600 líderes
mundiais de mais de 120 países. Com o tema "Ciência para o Desenvolvimento
Sustentável Global", seu objetivo é discutir formas viáveis de empregar o
conhecimento científico para propor políticas globais que facilitem a construção
de um futuro sustentável, ou seja, com capacidade de suprir necessidades, sem
esgotar os meios produtivos. O encontro reunirá políticos, tomadores de decisão,
representantes da sociedade civil e grandes nomes da área científica brasileira
e internacional, como Yuan Tseh Lee e Werner Arber, ganhadores do prêmio Nobel
de química e medicina, respectivamente. Com participação exclusiva de
convidados, o evento será transmitido ao vivo pela internet (
www.sciforum.hu).
As sessões plenárias do Fórum vão abordar, entre outros assuntos, as
"Desigualdades como barreiras para a sustentabilidade global"; "Ciência dos
recursos naturais"; "O papel fundamental da ciência para a inovação"; e
"Políticas Científicas e Governamentais". Para este último debate, foi convidado
o físico brasileiro Luiz Davidovich, pesquisador do Instituto de Física, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Cientista do Nosso Estado da
FAPERJ. Resumidamente, Davidovich explica que serão discutidas formas de
colaboração entre os grupos científicos internacionais visando estabelecer
diretrizes comuns para a condução das políticas internacionais adotadas para o
enfrentamento de diversas questões de interesse global, como desastres naturais,
disponibilidade de água, alternativas energéticas, aquecimento global.
Davidovich também foi um dos pesquisadores convidados a participar do
seminário que antecede o fórum. Ele destaca que um objetivo comum aos dois
eventos é discutir a importância de se promover uma ampla popularização da
ciência e tecnologia. "É fundamental que a sociedade global seja familiarizada
não só com os termos científicos, mas também entenda como o desenvolvimento da
ciência pode trazer aplicações práticas para a melhoria da qualidade de vida.
Cada vez mais a população, por meio de seus representantes legais, é convidada a
aprovar ou não algumas etapas do processo de pesquisa básica e aplicada. Dessa
forma, promover a educação científica facilita que essas tomadas de decisão
atendam o interesse da maioria", explica Davidovich. Ele desenvolve pesquisas em
física quântica, uma área de pesquisa básica essencial para o desenvolvimento de
várias tecnologias modernas amplamente utilizadas, como o laser, o microscópio
eletrônico e a ressonância magnética.
Para expor considerações sobre perspectivas da ciência no Brasil e no mundo,
representantes das agências de fomento que apoiaram o evento foram convidados
para cerimônia de encerramento do fórum. Entre eles, o presidente da FAPERJ, Ruy
Marques; o diretor da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fernando
Ribeiro; o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes), Jorge Guimarães; e o presidente do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva. "Consideramos
uma grande honra para a cidade do Rio de Janeiro sediar esse evento tão
relevante. Uma das grandes metas da FAPERJ é, justamente, a prática da difusão e
da popularização da ciência e da tecnologia, procurando levar a toda a população
os benefícios decorrentes da evolução nessas áreas”, enfatiza Ruy Marques.
Além da Academia de Ciências da Hungria e da ABC, a comissão organizadora do
fórum conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco), do
International Council for Science
(ICSU), da
American Association for the Advancement of Science (AAAS),
da
Academy of Sciences for the Developing World (TWAS) e do
European Academies Science Advisory Council (Easac).