Atualmente há dois países europeus adotando normas que parecem eco desses tempos. A Rússia em termos militares e a França em termos econômicos.
Para não recuar muito na História vamos considerar desde finais do século XVIII e começo de XIX com ambos procurando serem grandes potências e falhando ao fim de pouco tempo.
A França fez parte do colonialismo europeu de expansão marítima e a Rússia do colonialismo sobre as proximidades terrestres. Jogando a carta militar a fundo, acabaram por se confrontar militarmente.
Alexandre I e Napoleão
Políticas adotadas posteriormente por estes dois países, afinal, têm prejudicado eles próprios, tornando-lhes hoje impossível alargar capacidade econômica e presença importante na criação científica e tecnológica. Sem isso não há potência (no significado positivo). Para alcançar tal objetivo têm de mudar suas visões do mundo, começando pelo relacionamento com os vizinhos e com os povos a quem impuseram colonialismo.
Neste momento, a Rússia continua a invasão da Ucrânia e a França faz grande ofensiva economico-diplomatica contra o Acordo Mercosul-União Europeia. Duas práticas na linha da agressividade, colocando a rendição dos outros como requisito.
A Rússia chama paz na Ucrânia às exigências de rendição ucraniana perante as conquistas militares da invasão. A França chama acordo à submissão sul-americana às exigências de um setor da economia francesa. Dupla imposição dos seus termos como base do relacionamento mundial.
A influência da extrema-direita nestes comportamentos tem peso decisivo e, nos respectivos entornos, a Rússia gera resistências enquanto a França está em minoria na União Europeia.
Mesmo assim, se insistirem em seus atuais caminhos, podem fazer o mundo - e eles próprios - sofrer e perder oportunidades.
Nos bastidores há articulações para negociar paz na Ucrânia e em Brasília devem começar hoje reuniões para concluir os termos do Acordo UE-Mercosul. Quem tem experiência de guerra e processos de resolução de conflitos, sabe que exigem muito mais que 24 horas. E os termos finais de um Acordo estão sujeitos a ratificação posterior.
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