sábado, 16 de setembro de 2023

Namíbia

 


Ontem assisti uma partida do Mundial de rugby só porque a seleção namibiana estava em campo. Perdeu com a super poderosa Nova Zelândia (71-3)mas nunca desistiu do jogo e foi muito aplaudida. Detalhe importante para mim e gente como eu: é uma seleção multirracial.

Uma seleção com esta configuração tem mais impacto na luta antirracista que muitos textos ou proclamações. 


A Namíbia tem, além disso, um significado muito especial para mim. Passei lá longos períodos e fui dos maiores divulgadores em português da luta namibiana pela independência (a cuja proclamação assisti). O ambiente de liberdade pós independência ajudou bastante iniciativas pelos direitos humanos e contra a guerra em Angola. 

Sob influência desses anos, o meu" E agora quem avança somos nós ", publicado ano passado, tem na Namíbia uma das bases.

No próximo ano novas eleições num quadro político onde os Presidentes respeitam os limites de mandatos. Dois focos de luta são essenciais neste país: contra a corrupção- mesmo sendo  fenômeno menos brutal que na maior parte do continente - e pela redução das desigualdades sociais.

São essenciais para consolidar a democracia e a construção de uma sociedade não-racial.



3 comentários:

  1. Vi o jogo por estar em Windhoek e com amigos namibianos. Gostei da atmosfera e da mensagem de barreiras e de tabus, uma modalidade desportiva que neste espaço era uma das bandeiras da afirmação da supremacia branca.

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  2. Estou em Windhoek. E vi o jogo com um grupo multi-racial de amigos namibianos.

    Raimundo Salvador

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  3. Perfeito. Acho que a luta antirracista é inclusiva. Congrega todos/as/es a estabelecer a equidade racial.

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