terça-feira, 20 de setembro de 2016

atrasos e atrasadores

Faz algum tempo li um escritor espanhol  (não arrisco escrever o nome porque não tenho a certeza do mesmo) dizer, em entrevista, que a vida dele tem sido marcada por longas esperas. Identifiquei-me com a frase. Eu também tenho esperado longamente para avançar no sentido por mim traçado. Assim ando desde a adolescência. Raramente um objetivo importante é alcançado dentro de prazo minimo e muito menos com rapidez. Por vezes tenho a sensação de recuo (sem decisão minha) e em seguida recuperar  exige mais tempo que para recuar. Talvez a maior parte dos seres humanos passem pelo mesmo labirinto mas é algo revoltante. No livro que leio neste momento - já mencionei em postagem anterior - um dos personagens diz "quando estamos fodidos lutamos contra o mundo todo". Concordo. Não é justo a gente vingar-se em quem não tem nada a ver com nossos problemas, anseios ou combates, mas é inevitável que nos tornamos menos sociáveis, sendo obrigação de quem nos rodeia, entender isso,  Pior é que muitos dos que nos rodeiam, ou em quem depositamos confiança, por vezes fazem cada merda...difícil de classificar. Ou seja, tem gente que nos atrasa e nos faz esperar ainda mais. Acho até que a maior parte das minhas esperas decorreram (e decorrem ) desse segmento de pessoas. Até para responderem a  um email demooooraaam, quando não têm resposta satisfatória simplesmente não  respondem, pedem coisas com urgência mas, depois, vão numa lentidão abobalhada ou cometem erros e cagádas tais que fica tudo atrasado e teria sido melhor não trabalhar com eles/elas. E enfim há os "atrasadores" armados em espertos e sabidos que pedem adendas ou alterações sem sentido. É assunto para abordar aqui mais vezes, porém, desde já vale mencionar o valor de dois livros em francês: "Pequeno elogio da raiva" (Patrick Amine) e "Elogio da vingança" (Michel Erman).

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