quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

cor e peso

Em geral a chamada imprensa feminina passa uma imagem da mulher que chega a ser revoltante, pela superficialidade e falsidade. Porem, hoje vi na pagina "Tempo de Mulher" do  MSN/Brasil, elaborada por Ana Paula Padrão, um tema  de duplo preconceito muito bem tratado porque dá a palavra a mulheres alvos desses preconceitos.
Reproduzo parte do depoimento de Keka Demétrio (na foto tirada da mesma pagina):


Se você pensa que ser uma mulher gorda já é o suficiente para ser vítima de preconceitos ridículos, junte a isso o fato de você ser negra. Gorda e negra! Contrariando as expectativas de que nos dias de hoje estaríamos vivendo em um mundo muito mais moderno do que já vivemos, ainda temos que lidar com o preconceito que parece passar de geração a geração através do DNA.
Isso nos faz pensar sobre uma liberdade fingida de que somos todos livres para ir e vir, e sermos quem devemos ser. Mas só até onde o preconceito nos permitir. Até porque não é novidade para ninguém que o negro sempre foi preterido pelo branco em qualquer esfera da sociedade. No campo da publicidade, por exemplo, elas nunca tiveram papel de destaque. Para o negro, sempre coube ser o trabalhador braçal, a empregada doméstica, pertencer ao núcleo pobre e sem destaque.
Ok, isso vem se modificando, mas lentamente. Por isso, e por ouvir tantas reclamações de que pouquíssimas modelos negras plus size participam dos casting, achei necessário dizer a estas mulheres negras e gordas que o mundo plus size está de braços abertos para elas. E um detalhe: elas têm todo o direito de buscar seu lugar no mercado da moda plus size, tanto quanto qualquer mulher gorda e branca que tenha perfil para ser modelo

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