O Vaticano considera as críticas ao Papa Francisco, em relação á antiga ditadura argentina, como procedentes da esquerda anti-clerical. Parece exato. As principais acusadoras (as Avós e Mães da Plaza de Mayo) já mudaram a linguagem e diluem os ataques contra ele, passando-os para a "Igreja oficial" oposta, segundo elas, à "Igreja do Terceiro Mundo". E dizem agora que, sobre aquele periodo, paira uma "nuvem negra" sobre a cabeça do Papa. Quando não são dados elementos concretos, trata-se de expresão vaga, usada para lançar desconfiança sobre alguem,Nesses casos, tal nuvem é lá colocada por aqueles (ou aquelas) que lhe fazem referencia. O Prémio Nobel da Paz argentino, Perez Esquivel, descartou qualquer cumplicidade do atual Papa com a ditadura.
Nuvem escura com elementos concretos existe no Mali, onde está preso há vários dias Bokary Daou, diretor do jornal "Le Republicain", por ter publcado uma carta com criticas de soldados posicionados na linha de combate contra os privilegios do capitão Sanogo, autor de golpe de Estado ano passado. A junta de Sanogo foi desfeita, mas ele continua com força nos bastidores e o governo civil de transição de mãos amarradas em aspectos como este. Muito embaraçados estão os franceses que conduzem uma operação junto com forças africanas contra os jihadistas. Quer dizer, no Mali há varias ameaças contra a democracia. Movimentos democraticos do país - e a própria midia loical - desenvolvem uma grande campanha pela libertação de Bokary.
Outra nuvem escura efetiva paira sobre Chipre. É um assalto. Para obter empréstimos internacionais, o governo deste país decretou bruscamente impostos sobre contas de poupança, seja de quem for. São perdas terriveis para os depositantes cipriotas, modestos em larga maioria. As grandes "instituições finaceiras" internacionais, causadoras das presentes crises mundias ou cegas quando elas se esboçavam, nem se incomodam. Até que algumas revoltas sérias lhes batam na cara.
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