Signatários do Acordo em Montevideu
Apos cerca de 25 anos de negociações, os dois mercados comuns assinam Acordo de Livre Comércio, abrangendo todas as áreas da economia interessando a cerca de 700 milhões de pessoas.
Assinatura pelos presidentes dos 4 países fundadores do Mercosul ( Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e pela Presidente da Comissão Europeia.
A Bolívia recém admitida no Mercosul participou em seguida na reunião de Cúpula pela primeira vez.
A líder europeia, Ursula Von der Leyen, disse que esta iniciativa é uma necessidade econômica e uma oportunidade política. Acrescentou que atualmente há algo como 60 mil empresas europeias que exportam para os países do Mercosul e, com o acordo, vão economizar 4 bi de USD.
Não tenho referência sobre a que período corresponde essa poupança mas deve ser anualmente, em cifras atuais.
Todos os membros do Mercosul esperam altas acentuadas nos seus volumes de trocas e investimentos. O presidente do Uruguai declarou que o acordo não é uma solução mas é uma oportunidade.
Quer dizer, algo para ser bem trabalhado e aproveitado. Em princípio é o acordo econômico internacional de maior dimensão.
Três dos 27 países da U. E. têm objeções ao texto. Sobretudo a França. A Polônia e talvez a Itália são os outros dois. Todos por razões agrícolas, mais políticas que econômicas: o peso das extremas direitas nesses meios rurais.
As agriculturas sul-americanas são mais competitivas que as congêneres europeias. Porém, o acordo abre diversas oportunidades para estas obterem poderosos pontos de equilíbrio.
É um grande passo do multilateralismo contra o qual se levanta o atual governo francês, exatamente quando se espera política protecionista dos EUA.
O mecanismo de aprovação pelos governos europeus e entrada em vigor do texto, podem ser perturbados por operações contrárias desses três governos ou, pelo menos, um deles.
Dado importante - que traduz força da democracia- o diário parisiense de economia e finanças " Les Echos" ( um dos mais importantes do mundo na especialidade) apoia o acordo como exemplo do multilateralismo, sublinhando que sua rejeição faria a Europa " privar-se de acesso privilegiado ao quinto mercado mundial. Seria um erro monumental ".
Diversificação de parceiros fortes é uma condição estratégica para qualquer país ou blocos de países no momento atual, marcado por ameaças e agressividades extremas a vários niveis.
Na primeira página do Les Echos hoje.