Mudei para:
jonuel2025.blogspot.com
Fácil. Te espero lá
A todas as pessoas que acompanham este blog, agradeço e peço que continuem essa companhia na nova localização:
jonuel2025.blogspot.com
Coloquei lá duas novas postagens.
Esta localização vai ser encerrada por imperativos de equipamento.
Nova postagem hoje no novo modelo deste blog. Por favor ir para:
jonuel2025.blogspot.com
Obrigado pela leitura.
Conforme já assinalei, este blog tem uma versão alternativa que passará a única, provavelmente no fim de junho. Além de fatores técnicos específicos, essa mudança decorre também da alteração de nome da editora, processo em andamento na Câmara Brasileira do Livro.
O link dessa versão é:
jonupanit.blogspot.com
1. O recente apagão nas redes elétricas da Península Ibérica, embora de causas ainda não totalmente identificadas com precisão, suscita reflexões sobre a gestão técnica e monitoramento dos sistemas que integram recursos de várias origens. Sobretudo pensando nas novas tecnologias, que apresentam sempre possíveis falhas iniciais. Porém, monitorar energia elétrica, água ou estado das estradas é obrigação constante. O funcionamento e qualidade das infraestruturas dependem dessa atenção.
Por outro lado, é igualmente importante considerar o apoio francês e marroquino nos fornecimentos de emergência a Espanha e Portugal. Revela a forte utilidade em ampliar a integração energética, com validade para todo o mundo.
2. Um amigo que sempre me envia mensagens e notícias pelo watts app, me mandou um artigo publicado no Globo (01.05.25) autoria do professor Haroldo Rocha, coordenador do Movimento Profissão Docente, intitulado " Combater o apagão docente ".
Vale a pena ler. Há muito que vivemos nessa situação de déficit de docentes em todos os graus de ensino, prejudicando o funcionamento do setor e suas exigências de alargamento constante. Além dos pontos referidos pelo professor Haroldo, acrescento o escasso número de professores que trabalham projetos de pesquisa - no caso, atrasando o desenvolvimento científico do país - e as condições de segurança.
Esta, têm itens bem conhecidos: insegurança nos entornos das escolas e faculdades; agressões a professores e professoras, bullying tanto de ordem psicologica como política, ambos traduzindo perseguições e violência que definem seus autores.
3. Nos EUA, o governo começou um tipo de bullying para chantagear universidades. Aí os alvos não ficam passivos e estão reagindo.
4. Li hoje na Folha de São Paulo um artigo sobre os BRICS, muito interessante. O grupo vai se tornando atrativo, ampliando relacionamentos econômicos e mantendo linha de combate pelo multilateralismo. Dois fatores cruciais na atual guerra econômica, cria interesse mesmo em pessoas, empresas, centros de pesquisa, governos, etc que ainda há pouco tinham objeções. O aumento do número de membros e candidaturas é fator de democratização e conexão efetiva entre países e continentes de diferentes estágios e dimensões econômicas atuais.
Na postagem anterior fiz referência a algumas dificuldades de precisão em imagem e áreas de texto, por parte dos atuais modelos de Inteligência Artificial. Vai melhorar, sem dúvida, e rapidamente, implicando cuidados adicionais.
Assim, o excelente livro " 2041" de dois autores chineses, foca bastante as Deepfake, ou seja, aproveitamento de imagens para deformações com alto grau de qualidade, capaz de enganar até mecanismos de detecção avançados. Não é segredo a existência de vídeos em que o som foi deformado para prejudicar pessoas focadas ou criar desorientação nos que vêm.
Os olhos não são suficientes para distinguir entre o verdadeiro e o falso, na medida em que até movimentos labiais e olhares podem ser adaptados.
O diário francês " La Croix" da passada quarta-feira, publicou reportagem, tomando como exemplo a Romênia e a atuação russa - mas que simultaneamente também pode ter origem em outros países com alvos múltiplos - sobre contratos de aparência legal com produtores de vídeo e depois manipulam o produto sem intervenção dos autores contratados (e bem pagos).
As campanhas eleitorais são momentos de forte alta nestas práticas e potenciais visados vivem em alerta.
Em andamento pesquisa sobre dispositivos anti-Deepfake, ampla desconfiança sobre certas plataformas de difusão e ainda necessidade de vigilância e sinalização a nível individual.
*As negociações da CBF com Ancelotti estão paradas e dizem que Jorge Jesus volta a ser alternativa. Acrescentam que é para resolver antes de 25 de maio.
* Em entrevista ao Globo, Serguei Lavrov disse que a Rússia quer o reconhecimento das conquistas efetuadas na invasão da Ucrânia e, além disso, desarmar a Ucrânia. Isto é para valer ou é tipo tática tarifária do Trump, que faz altas ameaças e depois dá intervalo e pede propostas?
*Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá: " O Canadá jamais deve esquecer a traição dos Estados Unidos"
Projeção para 2025 dos maiores PIBs do mundo:
Tenho tido algumas dificuldades sobre imagens nos 4 dispositivos de I. A. que uso, inclusive confusões piores que essa. Por exemplo, na elaboração de mapas. Mas também muita produção útil. Quanto a textos, noto muito mais rigor nos temas cientificos que nos literários.
Impressionante a capacidade de mobilização do catolicismo. As fotos da Praça São Pedro são uma demonstração da soma de manifestações pelo mesmo motivo por todo o mundo. Além da mobilização popular obrigou altos políticos ( vários dos quais não católicos e até não crentes) a voarem para Roma.
O mais impressionante é sua existência superior a dois mil anos, enquanto áreas políticas de direita e esquerda que atacam o catolicismo - sob variadas capas, várias vezes de forma obssessiva e muitas vezes sem conhecerem nem a história nem as motivações - basta passarem pelo poder uma década e entram em decadência ou colapso.
Outro fator está na própria História, através de envolvimentos e silêncios cúmplices de importantes faixas da hierarquia da Igreja com poderes opressivos e práticas criminosas. Tendo hoje 1,4 bi de fiéis não é possível,nem desejável, que o catolicismo adote posição única, até porque um volume dessa dimensão é marcado por fortes desigualdades internas e os consequentes conflitos sociais. Nesse sentido, milhões de católicos têm seguido as posições de membros do clero ou movimentos de leigos que lutaram e lutam contra as opressões e contra os compromissos ou silêncios de parte da hierarquia ao longo da História.
É esse o contexto quando se aproxima a escolha do próximo Papa.
Mas há também o contexto político, econômico e militar mundial, muito presente no funeral de Francisco. Entre outros acontecimentos teve lugar uma verdadeira reunião de Cúpula sobre a Ucrânia, com face à face entre Trump e Zelensky e encontro de ambos com o presidente francês e o primeiro ministro do Reino Unido. Algo muito diferente do cenário imaginado há poucos meses, de resolução do conflito exclusivamente entre duas grandes potências.
Entretanto, nos Estados Unidos,o senador Bernie Sanders e a deputada federal Alexandria Ocasio-Cortez ( AOC) prosseguem, com crescente capacidade de mobilização, a campanha anti-oligarquia. No vizinho Canadá amanhã vão decorrer eleições de grande impacto mundial, dada sua posição de resistência face às ameaças de que é alvo.
Na África do Sul, o Ministério das Finanças recuou das intenções em aumentar imposto sobre o consumo. A oposição a tal intenção, expressa no Orçamento, vinha de uma curiosa aliança tácita, incluindo liberais e extrema-esquerda, patronato e sindicatos. A África do Sul já nos acostumou a acordos originais. Esperemos que os boicotes que este país sofre dos EUA não impeçam de bem presidir o G 20.
E no Brasil, expectativa sobre as investigações nos desvios em pensões e aposentadorias. No imediato, uma grande interrogação: é possível esse delito em entidade com o peso do INSS, sendo necessários alguns anos para ministérios, agências reguladoras ou tribunais especializados se aperceberem?
De derrame cerebral e colapso no sistema cardiovascular. O camerlengo assume a direção do Vaticano e da Santa Sé. Esperamos que seu legado dê continuidade à atualização da Igreja, caminho constante e existencial desde São Paulo, São Pedro, São Marcos, São Tomé, passando mais tarde por Santo Agostinho e mais tarde ainda por João XXIII e Paulo VI.
As eleições na Bolívia terão lugar em agosto e ainda faltam quase todas as definições de candidaturas. O ex Presidente Evo Morales insiste em se candidatar, não obstante sentença judicial contra sua elegibilidade em virtude do número de mandatos que já realizou. Além disso, perdeu apoio de seu partido - Movimento ao Socialismo ( MAS) - após luta interna com o atual Presidente da República, Luis Arce e o Presidente do Senado, Andrónico Rodríguez. Evo se apresenta pela pequena Frente para a Vitória e está montando uma nova formação com o nome dele (" Evo Pueblo").
Este é o panorama à esquerda. Á direita ( e centro-direita, como se definem alguns pré candidatos) são até aqui muito mencionados os nomes do ex Presidente Jorge Quiroga, do Prefeito de Cochabamba, Manfredo Reyes e um ex ministro, Samuel Doria Medina. Buscam uma plataforma comum, podendo surgir nessa busca alguma outra personalidade.
No final de outubro, a Argentina vota em eleições legislativas parciais, com grande número dos lugares de deputados e senadores em disputa entre todos os partidos políticos do país. Teste ao regime do Presidente Javier Millei.
No Chile, as eleições são em novembro. A aliança atualmente o poder, vai passar por primárias para escolher candidatura, uma vez que o Presidente Boric cumpriu um mandato e, conforme a Constituição, não se pode candidatar a segundo mandato seguido.
A oposição, neste momento, tem como principal candidato José Antonio Kast, de linha Pinochet.
Entre ambos, surgiu o nome da ex Presidente Michelle Bachelet, socialista. Porém, ela não parece interessada.
A Guiana vota para Presidente e deputados em dezembro. Por enquanto não tenho nomes, mas dois grandes temas de qualquer campanha são o regime de distribuição da riqueza gerada pelas relativamente recentes descobertas de petróleo e o confronto com a Venezuela, que reivindica parte do território guianês.
A recente eleição de Daniel Noboa para a Presidência do Equador, representou vitória da direita contra Luiza González, cuja posição é associada ao ex Presidente Rafael Corrêa e se define como centro-esquerda.
□ Na guerra econômica, China ataca com efeito global, proibindo qualquer exportação de minerais das terras raras, indispensáveis a várias indústrias (auto, por exemplo), celulares, computadores, equipamento hospitalar avançado, etc. Enquanto durar a proibição outros grandes detentores desse recurso serão solicitados: Brasil, RD Congo (parte das minas fora de exploração legal), Ucrânia ( quase tudo impossível de ativar), Rússia, Índia, Austrália, Vietnam, Groelândia, Nigéria. Os USA são também grandes produtores.
■ Universidade de Harvard resiste e rejeita imposições da Administração Trump que têm sido feitas a várias universidades norte-americanas sobre cursos e conteúdos. Em jogo alguns bilhões de USD de apoios. Teste capital sobre autonomia acadêmica.
○ Na África do Sul, analistas da mídia especializada acreditam que o governo vai recuar no projetado aumento de taxa sobre valor acrescentado. Grande polêmica no país em torno disso. Contra o projeto estão desde liberais do governo até partidos de dissidentes do ANC e sindicatos.
● Pesquisa Datafolha assinala que 58 % dos brasileiros reduziram compras alimentares em virtude de altas nos preços.
◇ Grécia é mais um país europeu a investir no reforço de armamento. Previsão até 2036: 25 bi de Euros.
¤ Cotação do petróleo Brent hoje no começo da noite em Londres: USD/b 64,82 . Cotação do Euro em relação ao USD, em N.Y. também no começo da noite: 1,13. Moedas " valores refúgio" : Euro, Franco Suíço e Yene. Com o mesmo significado está o ouro, com cotação em N. Y. acima de USD 3.200, por onça.
@ informação do servidor Blogspot sobre entradas nos últimos 30 dias no Geoeconomia-Blog do Jonuel: 13.200. Principais países de leitores: USA, Brasil, Singapura e França.
A empresa biotec norte-americana, Colossal Biosciences, criada com a motivação de "ressuscitar" um mamute, obteve durante os trabalhos de manipulação genética a reconstituição do lobo pré histórico " canis dirus ", desaparecido há cerca de dez mil anos. Se tornou muito conhecido com a série " Game of trones". São três pequenos lobos, que na idade adulta podem atingir 1,5 m e 70 kg de peso.
Um resultado de manipulação genética com vastas hipóteses de incidência nos humanos.
O ataque tarifário dos USA domina dados e gera dúvidas gerais, começando pelos próprios USA, onde o índice Nasdaq ontem caiu na ordem dos 6% e hoje já vai nos 4% negativos. A alta nos custos das importações vai repercutir a curto prazo nos consumidores, na medida em que vários produtos importados são mais baratos que os norte-americanos, porque os custos de produção destes são mais elevados.
Trump volta ao princípio de priorizar o local, mesmo com riscos de inflação no curto prazo.
A China contra-atacou de novo e impôs níveis superiores a 30% sobre importações dos USA, agrícolas por exemplo.
A União Europeia prepara plano de retaliação e Macron já pediu aos investidores europeus que suspendam seus projetos USA.
Na África, a economia sul-africana é a que parece em maior risco de sofrimento, com 30% adicionais num fluxo comercial importante. Isto ocorre em momento de alta tensão dentro do governo de unidade nacional, por motivos orçamentais. Mas pequenas economias como Madagascar ( baunilha) e Maurício ( indústria textil) também fazem novas contas.
Quanto ao Brasil, as altas de 10% vão atingir o aço ( que já tinha sofrido acréscimo de 25%, ainda em provável negociação), etanol e material aéreo. Vantagens relativas nos agrícolas e outros produtos de elevado consumo. Nestes casos, tanto no mercado dos USA como da China.
Tudo indica que o Brasil continua em posição de negociar e a Casa Branca declarou abertura para negociar de forma geral. É evidente que podem fazer algumas concessões, porém, sem saírem de seus próprios termos. A geração de dúvidas sobre rumos faz parte desta técnica de guerra econômica. Assim, a inflação tem margem para subir ou se estabilizar, com impactos políticos decisivos. A maioria em qualquer sociedade opta em função de suas condições de vida.
O diretor da Reserva Federal, Jerome Powell pode falar a qualquer momento e, entretanto, os dados do mercado de trabalho nos USA em março apontam 228 mil novos empregos.
Como é lógico nas atuais negociações sobre hegemonia mundial, a Rússia está totalmente fora do tarifaço, embora Trump seja citado como muito impaciente perante ausência de resposta por Putin às propostas do acordo na Ucrânia.
Todo este quadro pode determinar nova lista de regras, ficando melhor quem mais rapidamente se adaptar ou então virar caos de longa duração onde resistirá quem se reforçar a nível do vital e a nível das grandes inovações. Inseparáveis!
Resultado que traduz a diferença de nível das duas seleções. Uma Argentina articulada, mostrando porque é campeã do Mundo, abriu o placar logo aos 4 minutos e dominou a partida toda. O gol do Brasil foi acidental falha da defesa argentina. Neste jogo apareceu com muita evidência a insegurança com que o Brasil tem jogado.
Desde a Copa de 2022 o Brasil sofreu 31 gols em 25 jogos. Na fase anterior esse total sofrido ocorreu em 80 jogos.
Após 15 rodadas, a Argentina já está classificada para a próxima Copa do Mundo. O Equador está em segundo com 23 pontos, Uruguai e Brasil têm 21, Paraguai e Colômbia 20. A Venezuela é sétima com 15 pontos.
ELIMINATÓRIAS DE OUTROS CONTINENTES
África: Com melhor futebol coletivo e melhores jogadores, Cabo Verde venceu Angola por 2 a 1. Jogo em Luanda.
Ásia: Jogando em casa, Japão e Coreia do Sul cederam empates ( ambos 0 a 0) à Arábia Saudita e à Jordânia.
💥14a. Rodada das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo. Terça feira no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires: Argentina X Brasil. Bom teste de nível para a seleção brasileira. Para a Argentina basta o empate e fica classificada.
Em França o primeiro-ministro convoca debate nacional sobre a " identidade francesa", tema muito explorado pela extrema-direita e com fortes chances de ser tema de topo na campanha eleitoral das próximas presidenciais. Grande parte da esquerda acusa o debate de conduzir a mais discriminação. Assim, o presidente do SOS racismo declarou ao " Libération ": " quer queiram quer não ela [a noção de identidade nacional] é marcada pela ideia de uma imutabilidade de traços culturais, postos em perigo pela chegada de pessoas do exterior ". O PS participa em paralelo, justificando não querer deixar o tema nas mãos da direita.
Após reunião do Conselho da Europa, a União Europeia vai chegando a acordo sobre regras de financiamento de seu rearmamento. Atrasados em meios de segurança adequados, os membros da UE passaram por dois sustos sucessivos: ameaça de hegemonia russa no conjunto europeu e ameaça USA de reduzir apoio ( ou mesmo presença) na OTAN.
Muitas vezes, assustar pessoas e entidades dá efeito inverso. Agora a UE trabalha plano de 5 anos, priorizando sua produção e analistas locais sublinham efeitos econômicos sobre possibilidades no poder bélico: o PIB total da UE é o segundo do mundo - perto de 20% do mundial contra 2% do russo - e muito menos endividada que o primeiro, EUA. A participação do Reino Unido e Canadá no mesmo projeto acrescenta peso econômico e capacidade tecnológica. Historicamente é interessante constatar que pela primeira vez em cenário militar estratégico, Reino Unido e Alemanha estão do mesmo lado. Probabilidade alta que esta corrida venha a ter equivalente na Ásia.
O primeiro ministro de Israel demite o chefe da inteligência militar, decisão anulada prlo Judiciário. Receios de que ele possa não respeitar. O Historiador e ex embaixador de Israel em França,Elie Barnavi declarou, também ao " Libé ": " Temos à cabeça [do Estado] um homem acusado na justiça que, para se manter no poder, faz guerra aos palestinos e desmantela as instituições do país. "
Assim, tivemos a subida da taxa Selic para 14,25 %, traduzindo constante atenção aos riscos de inflação alta. Medida governamental importante nesta matéria foi a redução ou anulação dos direitos de importação para diversos produtos de alto consumo que, como já foi feito há alguns anos em outras circunstâncias e mesmo objetivo, visa estabelecer concorrência corretiva em relação à tendência de subida nos preços por alguns operadores influentes.
Efeitos desta medida talvez no segundo semestre.
Tivemos também o projeto de lei alterando alguns níveis de contribuição fiscal, com isenção para rendas até R$ 5.000,00, reduções em rendas próximas dessa e subida nas altas rendas. O resultado, segundo o ministro da Fazenda, incidiria em 140 mil pessoas de alta renda e 20 milhões de baixas rendas.
Se for aprovado, o projeto terá alcance em termos de alívio social, porém, impacto sério no poder de compra - o consumo interno é parcela de primeiro plano em qualquer PIB, com mais razões ainda num pais de 220 milhões de habitantes - dependerá da subida do salário médio nacional, portanto diminuição da vasta gama de salários baixos.
A noção de mão de obra numerosa e barata - que já constituiu escola até premiada com Nobel - deve ser hoje manejada com equilíbrio entre a capacidade financeira empresarial e estatal, por um lado, e a disponibilidade das famílias no consumo e acesso à educação e saúde. Inclusive porque desse equilíbrio decorre a formação de recursos humanos com capacidade de iniciativa.
Quanto ao Orçamento, é apresentado na perspectiva de superavit da ordem dos 15 bi de R$. O total orçamentado está em cerca de 5,7 trilhões de Reais. Ao câmbio aproximado de hoje, perto de um trilhão de USD, ou seja, um dos maiores do mundo.
A revisão periódica habitual vai indicar se estaremos perto ou longe da meta do superavit e o debate no Congresso se o projeto de redistribuição do esforço fiscal será ou não aprovado.
A previsão do Ministério da Fazenda é de desaceleração do crescimento no ano em curso, descendo ao nível de 2,3%, justificando com os atuais juros altos e baixa na contribuição do setor agropecuário para o crescimento.
Se trata de setor chave nas exportações e no abastecimento de base no mercado interno. Carência central continua sendo a dependência externa de fertilizantes em pelo menos dois terços das necessidades.
Situação semelhante à dos semicondutores, atividade decisiva na diversificação além das atividades tradicionais, na atualização tecnológica e científica do Brasil e colocação do país em escala compatível com seu PIB, situado geralmente no top 10 mundial, porém no conjunto das inovações aparece basicamente como consumidor e importador.
Por vezes surgem informações sobre empreendimentos na mineração em terras raras - o Brasil é dos maiores detentores - sendo desejável não se limitarem ao simples extrativismo.
Enfim, talvez este primeiro semestre dê alguns detalhes sobre os efeitos, em paises como o Brasil, da política econômica norte-americana, baseada na incerteza sobre o uso da arma tarifária.
Na 13a. Rodada:
Brasil 2 Colômbia 1.
Raphinha (de pênalti) e Vini Jr. fizeram os gols brasileiros. A seleção teve bons momentos mas ainda precisa de mais trabalho para atingir nível de ser candidato ao título mundial. Próximo adversário : Argentina, em Buenos Aires.
Ainda na 13a. rodada, nesta sexta-feira: Uruguai X Argentina.
Foto da seleção brasileira após o jogo com a Colômbia, em Brasília :
Novamente campeão carioca, após o empate de hoje com o Fluminense 0 a 0. No agregado 2 a 1. A equipe começa bem a temporada e vai crescer mais, pensando no Brasileirão, na Libertadores e no Mundial de Clubes.
Informações aos viajantes
Flashes indicativos com elaboração de imagem por I. A.: cultura/convívio/ciência/amor
Bom domingo.
No momento este blog tem dois endereços de acesso. Já entrou em fase experimental o:
jonu34.blogspot.com
Dentro de poucos meses será único. Por qualquer razão imponderável pode até ser antes. Dê uma olhada lá e me diga sua opinião.
Como antigo residente em Paris, onde fui estudante da École des Hautes Études en Sciences Sociales, até ao nível de passagem do primeiro ao segundo ano do então doutorado de terceiro ciclo e onde vivi maio 68, nunca mais deixei de acompanhar a vida política e cultural francesa, pelo interesse que ficou em mim, e sua vida econômica por obrigação profissional.
" Esprit " é a única revista que leio desde a década de 60 (ou procuro ler, têm havido longos períodos em que a distância e a censura em partes do mundo me impediram). Grande parte dos autores que cito nos meus textos são franceses.
Sempre que vou à Europa incluo a França no roteiro. Sei que a sociedade francesa tem um polo destrutivo interna e externamente, tem também um polo com perfil e compromisso indispensável à defesa da liberdade no mundo e tem ainda polo - talvez o maior - situado entre ambos.
Portanto, conheço muito bem a França e tenho motivos mais que suficientes para reagir àquilo que se diz e se torna público nos debates franceses. Reajo para mim próprio. Mas esta manhã, por curiosidade, fui ver o que é a revista " Front Populaire" e li o editorial de Michel Onfray " Le hors-jeu civilisationnel de l' Europe" e o artigo " Le 'complexe caribéen' de l' Occident", de Max-Erwan Gastineau
Os dois textos têm em comum designarem a soma nao só da História e cultura francesas, mas acrescentam a psicologia, como " identidade", ou seja, a ideologia de gueto que sublinha os detalhes específicos de povos e sociedades em detrimento dos termos comuns entre todos os humanos.
Sinceramente, a História da França - antigamente ou mais recentemente - é tão determinada de fora de suas fronteiras e tem sido determinante para outros continentes e sociedades, que me parece impossível fazer dela um caso à parte. Essas determinantes estão em quase todas as Histórias do mundo.
Da mesma forma a trajetória cultural da França é, como todas as culturas, plena de dar-receber, que não vejo o sentido de chamar " identidade " à soma das duas. Quanto à psicologia me parece ridículo atribuir-lhe contornos nacionais: traumas psicológicos ou capacidades psicológicas não têm fronteiras geográficas.
Ao longo de séculos, o que o mundo vem construindo são sociedades, algo bem diferente do muro identitário que, aliás, procura fragmentar as sociedades, mesmo dentro de cada uma. Apesar das guerras, desigualdades e opressões, temos nos aproximado mais uns dos outros e outras, em larga medida graças à luta contra as guerras, desigualdades e opressões. E continuamos.
O primeiro texto ataca o que considera como " projeto civilizacional de crioulização infeliz". A apresentação do segundo diz que o tal " complexo caribenho" é um "reflexo anti- identitario que pode causar nossa ruína".
Não consigo ver onde está a infelicidade da crioulidade ou crioulização. Quem quiser faz parte dela, quem preferir considera-a como um dos muitos aportes culturais, quem não quiser ou nem saber do que trata, deixa para lá.
Não é wokismo nem na sua versão " esquerdista" nem na " direitista".
A ideologia identitária tem sempre esses dois elementos: apresenta os Outros e as Outras (salvo quando lhe convém) como ameaça e acaba quase sempre constituindo versão atualizada do velho racismo ou cria novas fragmentações racificadas (no ocidente, oriente, norte, sul).
Fator de isolamento, portanto, de atraso (que a Europa sente hoje com desespero) é isto que provoca ruína, inclusive no Ocidente que, por um lado é aporte de primeira grandeza à civilização universal e, por outro lado, conduz a mais perigosa guerra deste momento, entre países e blocos dele próprio.
São só notas de começo da tarde deste domingo aqui em Niterói. As duas imagens são de I.A.
Oi
Para maior facilidade de publicação mesmo durante viagens, vou mudar um dado de base.
Em vez do atual link de acesso:
jonuel34.blogspot.com
Passará a ser:
jonu34.blogspot.com
Durante alguns dias vou manter os dois com textos idênticos. Período de transição.
E estamos!
Brasil conquista o Oscar de melhor filme não falado em inglês, grande significado de vitalidade cultural, cujo conteúdo - até o próprio título - representam forte mensagem internacional, num contexto de agressividade das forças antidemocráticas.
Esta vitória e significado ocorrem durante o Carnaval, outro grande tradutor de criatividade. Os 4 primeiros desfiles do Grupo Especial na Sapucaí revelaram equilíbrio de alto nível.
Á escala mundial, a Ucrânia volta ao primeiro plano, após a dura troca de palavras, gestos e olhares, no salão oval da Casa Branca, entre o presidente ucraniano e os presidente e vice- presidente dos EUA, além ( principalmente) de não ter havido assinatura do acordo sobre minerais, grande objetivo do governo Trump.
Ontem, decorreu em Londres um encontro de países europeus e Canadá, para elaborar novos planos de apoio à Ucrânia e reforço da própria capacidade militar dos países presentes. Fala-se em verba adicional da ordem dos 30 bi de Euros e elaboração de proposta de cessar-fogo, super desejado pelos dois beligerantes em busca de alívio militar e econômico-financeiro (nem que seja de curta duração) e da própria Europa.
Os termos desse cessar-fogo tal como referidos por Macron, porém, podem chocar com os de Washington e com exigências russas.
A China permanece silenciosa face à aproximação Putin-Trump e sua economia dá sinais positivos. O desempenho econômico da U. E., Rússia e EUA, serão cruciais para determinar as condições de negociação ou de eventuais novas formas de guerra que se seguirá.
A Bloomberg assinala hoje redução de suas previsões no crescimento do PIB norte-americano para 0,4% neste trimestre e, caso Trump aplique novas tarifas aduaneiras à China, reação desta podendo atingir a agricultura dos EUA.
O secretário- geral da Área continental africana de livre comércio, disse que África será gravemente afetada se o acordo AGOA (acesso especial ao mercado USA) não for renovado, como se receia em virtude da nova linha tarifária norte-americana.
O setor agroalimentar de novo com impacto estratégico, constatação capital para grandes produtores e exportadores agrícolas, como o Brasil.
* a foto de Walter Salles foi recortada de " O Globo". As do desfile da Viradouro são minhas a partir de tela da TV. A montagem é de I. A. com indicações minhas.
A União Europeia decretou sanções ao Ruanda em virtude de sua atuação militar no território da RD Congo: suspensão das consultas sobre defesa e revisão dos acordos sobre terras raras, das quais toda a região é grande detentora. Este item ganha dimensão mundial acrescida, em virtude da busca pelos EUA de contratos sobre terras raras da Ucrânia.
No caso Ruanda-Congo, Washington vai adotar posição idêntica à U. E. ou vai aproveitar no sentido oposto?
O Brasil é outro grande detentor desse tipo de terras, portanto, minerais estratégicos para Novas Tecnologias. Sua extração e refino, no entanto, é modesta.
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração aparece como interessada na separação de terras raras, partindo de resíduos resultantes de suas operações. A Vale tem feito pesquisas e a Indústrias Nucleares do Brasil procura aproveitar subprodutos da extração de urânio.
A separação, purificação e refino requerem grandes investimentos e nível tecnológico muito elevado, até aqui nas mãos de grandes potências. Para dar valor concreto à existência de terras raras é indispensável mobilização de capital ( incluindo parcerias internacionais) e transferência de tecnologia (acompanhada de pesquisa própria).
Está visível que o tema assume impacto econômico de primeiro plano. Ao mesmo tempo, a Administração Trump prepara novas medidas restritivas sobre fornecimento de semicondutores avançados à China, fazendo pressão sobre aliados para seguirem a mesma orientação.
Talvez isto sirva de moeda de troca europeia em relação ao posicionamento USA quanto às negociações sobre a Ucrânia. Está situada na Holanda a principal fábrica mundial de equipamento indispensável à produção de semicondutores e França, Alemanha, Reino Unido e Índia tem já resultados importantes no conhecimento avançado do produto e projetam grandes investimentos.
Naturalmente, é oportunidade - não só econômica mas de efetivo peso internacional - para todos os países possuidores de grandes reservas de terras raras e alguma base empresarial e de pesquisa científica. Caso brasileiro.
Ou algo mais?
Pergunta implicando um dado que não pode nunca ser subestimado: largas faixas da humanidade, que em determinados períodos da História fazem maioria, vêm personalidades com algum desses "atributos" como salvadores. O livro " Medo da liberdade" de Eric Fromm continua válido na matéria e quem luta pela liberdade sabe que esta não é objetivo de todas as pessoas. A crença nos salvadores políticos corresponde a segmentos populacionais de baixa confiança em si próprios e na sociedade em geral. Daí, transferirem para personalidades cultuadas a condução da Vida. Daí, colocar a liberdade no centro da Vida compreende ação educativa e condições sociais muito diferentes do poker ou loteria.
Posto isto, reproduzo passagens da Opinion Today do New York Times que recebi esta manhã. Tradução direta por I. A. Clique em cima das fotos para ler melhor.
Rússia e Estados Unidos querem rendição ucraniana. Na guerra dos Grandes Lagos africanos, ambos os lados querem a rendição do outro. Na guerra Israelo-palestina, o atual governo de Israel quer rendição de todos os palestinos (do Hamas à A.P.). O regime iraniano e agrupamentos que apoia querem rendição de Israel.
Nessa base constante são feitas propostas de negociações.
Claro, muita gente acha sem sentido negociar em que cela de prisão se vai ficar ou em que esquina se pode pedir esmola ou ainda perante quem há obrigação de ajoelhar .
Lembremos dois momentos na História.
Ano 480 a.c.: A Pérsia de Xerxes com 200 mil homens ataca uma coligação parcial grega, chefiada por Leônidas de Esparta, dispondo, no máximo de sete mil soldados. Xerxes exige a Leônidas que entregue as armas e o espartano responde: " Vem buscá-las". Resistiram, gerando dois fatores centrais: muitas baixas ao inimigo e atrasando seu calendário. Xerxes venceu com este preço e, em seguida, incendiou Atenas.
Entretanto, os atenienses retiraram para a ilha de Salamina, construíram uma força naval que derrotou a marinha persa, na batalha com esse nome. No ano seguinte (479 a.c.) a coligação grega tornou-se mais abrangente e seu exército derrotou o persa na batalha de Plateia.
Foi necessário apenas um ano e os efeitos históricos são conhecidos.
Séculos depois, em junho de 1940, os britânicos conseguem salvar suas tropas na bem estruturada retirada de Dunquerque. Hitler propôs a Churchill que o Reino Unido fosse realista, reconhecendo as ocupações alemãs na Europa continental e, em troca, a Alemanha reconheceria e respeitaria o Império britânico.
A resposta de Churchill levou a propaganda nazi-fascista a chamar o primeiro ministro britânico de causador de guerra, inimigo da Paz, etc e enviou sua aviação bombardear Londres. A RAF derrotou a força aérea inimiga que, em outubro de 1940, desistiu.
Momento decisivo com influência no subsequente desenrolar da segunda guerra mundial, cujo resultado final nos trouxe até aqui.
Se o cenário consecutivo à conversa telefônica Trump-Putin prosseguir, ganham mesmo.
Washington tem argumentos suficientemente pesados sobre os dois beligerantes para trabalhar segundo seus próprios termos ( que ainda estão sendo detalhados internamente): levantamento das sanções e congelamentos à Rússia, com reinserção desta na economia mundial (como prevê o bem informado V. Orban); prestar assistência ou cortar apoios à Ucrânia.
No imediato, Trump quer demonstrar seu poder, submetendo a Europa à dúvida quanto a seu papel e afastando os candidatos a mediadores que se foram manifestando, excetuando a Arábia Saudita.
Em qualquer conflito, o estatuto de mediador fornece altos dividendos políticos. Quando o conflito é de efeito global, tal estatuto só é atribuído aos mais influentes e auxiliares por eles designados. Os USA não cedem o protagonismo a ninguém, mas aceitam os sauditas, porque precisam muito deles na Ásia Ocidental, porque eles dirigem a OPEP plus junto com a Rússia e desenvolvem discretamente contatos com os beligerantes .
O primeiro lugar mencionado para encontro presencial Putin-Trump é Riade ou algum palácio suntuoso de outra cidade da AS.
A política de Trump tem mesmo continuidade em relação à de Joe Biden. O valor do equipamento militar fornecido pelos USA - segundo Trump seriam cerca de 500 bi de USD - pode ser em parte transformado em investimento para propriedade de algumas terras raras ucranianas (podendo ir até a metade) super valiosas no abastecimento das IT norte-americanas ou impedir que sejam usadas por rivais.
Séria hipótese de trabalho seria o reaparecimento do G8 incluindo, portanto, a Rússia. Como efeito, o G20 e sobretudo os Brics, passariam a subalternos, pontos de encontro ocasionais ou ainda estrutura em stand by para uso na próxima crise mundial. A escolha de Putin será apenas em função das vantagens.
O dólar US permanecerá dominante, mas o rublo passará a moeda conversível com o aumento das trocas comerciais russas e investimentos diretos estrangeiros que receberá.
O ataque concreto aos Brics e ao G20 já começou com " punições " à África do Sul: corte de ajuda USA (valor simbólico), ameaça de redução drástica no acesso de produtos sul-africanos ao mercado estadunidense ( valor central agravante da crise econômica do país africano) e boicote de Washington à próxima reunião do G20, marcada precisamente para a África do Sul.
Sobre fronteiras, a Casa Branca atual não se incomoda nada que elas sejam corrigidas em outros continentes, até porque cria antecedentes a projetos seus na matéria, não obrigatoriamente com ocupação (embora não excluida) mas com as regras que pretende impor à travessia de pessoas e mercadorias.
A Rússia recebe uma pequena porção da Ucrânia ( onde vivem russofonos) ficando longe de seu objetivo inicial; a Ucrânia fica com os ucranianos e não entra para a OTAN (formalmente).
Uma negociação com estes componentes exige tempo, dando margem para contrariedades.
Por exemplo: Kiev eventualmente conseguiria apoio na Europa que, se acrescido por mobilização interna, consideraria suficiente para prolongar sua resistência, obrigando o adversário a manter economia de guerra e sofrer baixas no terreno. Quanto mais o ultra-nacionalismo crescer na Europa, menos isso será possível.
Outro exemplo: a China está silenciosa mas não vai permanecer assim, dada sua capacidade econômica e alta influência no Kremlin. Está olhando e alimentando o data center especial de Xi.
Mais um: quatro anos podem ser insuficientes para implementar um acordo que não seja mera alternância de cessar-fogo e renovar de combates ou novas reivindicações globais. Nada garante que o atual poder em Washington ultrapasse esses quatro anos.
Entretanto:
é bom estarmos preparados para grande vaga de fake news e propaganda de ódio, em torno das negociações;
será ótimo que cada país do resto do mundo melhore seus desempenhos internos. É básico para resistir às pressões que vêm por aí.