quarta-feira, 13 de março de 2024

Ultra direita como protesto

 É  explicação que se ouve por todo o lado quando essa força política cresce. Ok. Mas porque tanta gente escolhe apoiar a ultra direita para manifestar seu protesto? Tem sempre outras opções. Ninguém obriga a escolher essa.

Países com fortes marcas de autoritarismo em sua História ou, ainda pior, noções de superioridade ou diferencialismo resultantes dos expansionismos, fornecem mais condições ao revivalismo dos cultos à personalidade e poderes totais.

O avanço da ultra direita é, neste momento, fenômeno mundial. 

Ela dirige os governos da Itália  Hungria, Argentina, Israel, Myanmar, Iran, vários governos Africanos e Árabes. Participa fortemente nos governos da Índia, Rússia, Ucrânia, outros Africanos e Árabes ( neste caso incluindo o território de Gaza governado pelo Hamas).

Podem chegar ao poder na França e voltar nos USA e Brasil.  Seguramente esqueci alguns.

No caso de Israel e Hamas, a base do discurso é o ultra nacionalismo religioso. Nos USA e Europa Ocidental é a anti imigração. Na África,  assenta nos senhores da guerra ( incluindo as vagas de golpes de Estado) e no identitarismo étnico-racial. Na América Latina, atualizações do caudilhismo por vezes misturadas a fundamentalismo religioso.

Escrevo sem pretensão de dar novidades.  No campo de luta pelos direitos humanos este quadro e o que vem pela frente, está entendido faz tempo.

Um comentário:

  1. Hola Jonuel. Muy bueno leer tus comentrios siempre valiosos. En el caso de Argentina parece evidente que el iriunfo de la derecha irracional (Milei), asociada a una derecha racional (Macri), ambas en espera del momento oportuno, se debió al hartazgo de todos los políticos de más de un partido y sus variantes que gobernaron en los últimos decenios. Sedujo a una juventud extraviada e ilusa. Hay otras lecturas del caso, y las mías son históricas y muy largas. Abrazo. Edmundo

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