terça-feira, 21 de novembro de 2023

Luta pela Inteligência Artificial

 


De repente na passada sexta-feira, Sam Altman, chefe do restrito grupo criador do ChatGPT, foi demitido pelo Board da Open AI, com explicação parecendo incompleta mas que teria relação com alegada " falta de clareza na comunicação ", ou seja, talvez Altman guarde segredo sobre suas pesquisas ou intenções profissionais.

Nenhum pesquisador revela a totalidade de suas pesquisas quando estas estão em curso e todos podem ter projetos de vida.

Resumindo por enquanto: Altman não é o tipo de cidadão ameaçado pelo desemprego. A Microsoft quer integrá-lo seja qual for o preço e vários de seus colaboradores lançaram movimento para abandonar a até aqui prometedora Open AI, ainda há pouco tempo startup. 

Esta é uma das lutas na arena central das guerras econômicas do século XXI, sejam internacionais ou internas em países com alguma capacidade instalada na matéria.  Na próxima fase - produção de ferramentas em maior escala - que pode começar no próximo ano, outros confrontos e alterações bruscas vão se produzir. 

Ter ou não ter tais ferramentas estabelecerá a linha de hoje nas definições de desenvolvimento, país avançado e do que efetivamente são novas tecnologias. 

Ao mesmo tempo prossegue movimentação geral ( incluindo espionagem industrial) sobre formulação e produção dos chips mais atuais, quer dizer de maior concentração de conhecimento e infinitamente menor espaço. Poucos países e empresas estão neste raio de acumulação científica- expressão tão ou mais valiosa que a velhinha " acumulação de capital ".

Se olharmos para localização veremos umas quatro fábricas no início da cadeia ( provavelmente duas nos USA, uma no Japão, uma na Holanda), um poucos mais no nível seguinte - China, Taiwan com a poderosa TSMC, havendo uma unidade de envergadura sendo construída na Índia, além de outras nos USA e, com alguma modéstia por comparação, na Europa. 

Também com muita atenção à A. I. e a todas as fases da cadeia de chips ( inclusive acesso às fontes de matéria prima) está a produção de drones, desde os mini aos de maior porte ( dimensão pode não corresponder a sofisticação ou utilidade social).

Neste ramo o número de países fabricantes é maior, incluindo Turquia e Iran, mas, para não se tornarem rapidamente obsoletos, têm as mesmas dependências dos atuais grandes centros de inovação tecnológica, até que outros países com ótimos recursos humanos resolvam investir bastante mais em pesquisa e desenvolvimento.

Por enquanto parecem adormecidos ou com lideranças de visão estreita, para quem outras prioridades impedem a entrada nestas áreas. Não impedem, reforçam a capacidade de progressão em todos os azimutes. 



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