O acordo sobre exportação de cereais da Ucrânia, assinado em julho passado, necessitava renovação. O governo turco anuncia essa renovação em meio a rumores de dificuldades e obstáculos.
O diário parisiense " Libération" faz hoje um breve resumo da matéria. Outros órgãos de mídia também têm feito referências e mais serão feitas. É matéria crucial para o abastecimento de vários países, o acordo permitiu queda de preços e é componente da guerra econômica paralela à guerra militar.
As exportações cerealiferas totais da Ucrânia de 2022 até este trimestre foram de ordem próxima aos 50 milhões de toneladas. Cerca de metade pelo corredor marítimo que ateavessa o Bósforo, partindo de 3 portos ucranianos. Dificuldades logisticas ligadas à guerra e destruições diretas de plantações e armazéns reduziram em 24% a capacidade em relação à safra precedente.
A China é o maior cliente (21,5%), seguida pela Espanha (17,9%) e a Turquia (10,6%). Embora os cálculos estejam sujeitos à atualizações consoante os tipos de cereal e do girassol, a ONU acredita que mais de 50% foram para países sub-desenvolvidos. Pelos meus dados, vários países africanos situam-se neste quadro, com relevo para o Egito, cliente tradicional e de grande dimensão da Ucrânia.
A América Latina e Caribe estão em posição diferente, graças às grandes produções dos EUA, Brasil, Argentina e Canadá.
Porem, não renovação do acordo incidiria em nova alta geral de preços e grandes dificuldades na busca de alternativas pelos países com mais fracas estruturas de comércio internacional.
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