A pesquisa do IPEA sobre violência contra a mulher (referida em postagem anterior) ganhou alta repercussão ao dizer que 65% da população aprova ataque contra mulheres com roupas "não comportadas" . Ontem o IPEA corrigiu e assinala aquela percentagem em 26% , alegando ter havido troca de quadros. É um erro monumental, da ordem dos 40% de diferença.
Agora ninguém sabe qual é realmente a opinião dos brasileiros e brasileiras sobre esse assunto, grave, pois estupros denunciados anualmente atingem os 50 mil - mais que os homicídios. E faltam os não denunciados por inibição das agredidas.
Um erro desse calibre chama atenção para outros aspectos : a) as percentagens dos entrevistados na pesquisa em gênero, profissão e idade não correspondem à composição demográfica do país; b) o IPEA está politizado, depende do Palácio do Planalto e sua direção é determinada por fatores políticos, explicação possível para o caráter militantes de muitos de seus trabalhos; c) até os salários pagos são alvo de critica pois muitos deles equivalem ao dobro do recebido por professores universitários.
Com tudo isto cai o prestigio da entidade e de pesquisadores envolvidos na pesquisa em causa.. Provável elemento positivo: a politica cientifica do Brasil pode finalmente ser discutida em publico.
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