segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Arte e força corporal

O corpo é a forma dentro da qual vivemos. Como olhamos o corpo humano em geral define a nossa  mentalidade. Como tratamos o nosso próprio define que vida queremos.
Foto do mural de uma amiga no face.
Título  meu : Multirracialidade e estética
Não gosto de tatuagem. Acho que prejudica a imagem corporal. Respeito quem gosta.

domingo, 22 de setembro de 2019

Meus clubes

No Brasil o Flamengo  continua em primeiro após a vitória de 2 a 1 contra o Cruzeiro. O PSG também lidera o campeonato francês após derrotar o  Lyon por 1 a 0. Na segunda liga portuguesa, a Académica continua sem vencer, tendo empatado em  casa com o Feirense 1 a 1. Está nos últimos lugares.
Vêm aí jogos decisivos na Libertadores e na qualificação para a Euro.

Falar e escrever sem erros


terça-feira, 17 de setembro de 2019

Lançamentos de livros em Portugal

Dia 21, no Palácio Coruchéus ( Alvalade) Lisboa, 15 horas

Dia 22, no Hotel Riviera ( Carcavelos ), 15:30


segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Localização dos ataques com drones na Arabia


Unidades de Khurais e Abqaiq atingidas e incendiadas. Abqaiq, um dos maiores centros de processamento de petróleo do mundo, deve ficar parcialmente inoperativo por semanas. O movimento Houti do Yemen assumiu o ataque. Donald Trump acusa o governo iraniano que apoia aquele movimento. O comando da OTAN receia a desestabilização de toda a região.
reproduzido de site da BBC

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Aprendi a jogar na cadeia - poema

APRENDI A JOGAR NA CADEIA!
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Fiquei preso bastante cedo.
Sem culpa formada, diga-se desde já.
Passei muitas noites acordado tentando recordar-me do que teria feito de mal.
A toda a hora me vinha à cabeça a mesma pergunta, "o que é que eu fiz?"

Mas não conseguia encontrar resposta.
Nunca encontrei.
Fiz mil vezes a mesma pergunta e nada, ninguém me respondeu!

Os anos foram passando sem que alguém me dissesse alguma coisa.

Nos primeiros tempos ainda chorei.
Chorei muito!
Punha cabeça debaixo da almofada, para ninguém ver e conseguir abafar o ruído do choro.
Ao fim de algumas horas, acabava por adormecer, cansado.
Cheguei até, a ter pena de mim próprio, o que é algo que me custa hoje, aceitar.
Mas é verdade.

Um dia, ao fim de uns seis anos de prisão, apareceu um médico, que tratava das minhas queixas e que, sem eu saber porquê, simpatizara comigo, para me dizer que eu devia ocupar o meu tempo, para suportar melhor aquela reclusão.

Foi então que, sentado na beira da minha cama, abriu um embrulho grande e tirou lá de dentro um tabuleiro e uma caixa.
Era um tabuleiro de Xadrez e a caixa com as respectivas peças.

Perguntou, "sabes jogar isto?"
Eu respondi que não, nem nunca tinha visto tal jogo.

Então ele propôs-se ensinar-me se eu aceitasse.
Sem qualquer ânimo, nem vontade para fazer qualquer coisa, não sei porquê, disse que sim. Aceitei a oferta.

Então aquele meu novo amigo, o médico, passou a ir ter comigo todos os dias, ou quase, para me ensinar a jogar.

Um dia levou-me um livro com as diversas "aberturas", "finais" e "meio-de-jogo" para eu ir estudando.
A partir de certa altura, comecei a achar interessante o jogo de Xadrez.
Afinal, havia alguma analogia  com a minha situação.

Ao fim de alguns meses, o médico começou a interessar-se por jogar comigo.
Na verdade, a partir de certa altura, eu já ganhava alguns jogos e isso, deu maior interesse a ele, um apaixonado pelo Xadrez e a mim também, que começava a gostar de jogar.

Ao fim de nove anos de prisão, recebi a notícia que podia ir para casa.

Fiquei embaraçado. Embaraçado, não!, fiquei confuso, porque eu já considerava o meu quarto de reclusão, a minha casa.

Fiquei algum tempo sem saber o que fazer.
Sentia-me desamparado.
Vou para onde?
Não conhecia outro lugar.

De súbito, o médico apareceu sorridente no quarto e vinha com a minha mãe.
Encontraram-me com a cabeça deitada em cima dos braços a tentar perceber o que se estava a passar.

A minha Mãe, feliz, abraçou-me e disse-me que me vinha buscar e que eu iria viver com a família que me esperava em casa.

Tudo me soou a vazio.

Ali, aquele quarto, era a minha casa.
Foi ali que vivi desde os 5 anos até aos 14.
Foi ali que chorei com dores.
Que recebia a horas certas a visita das enfermeiras para me darem os medicamentos. Era ali tratado por todos e pela minha Mãe que sempre me acompanhou. Porquê ir para outra casa?

Foi então que o médico interrompeu o meu estado angustiado e, sentando-se ao meu lado, disse-me:
"Olha, parceiro, já sofreste demais aqui e é preciso dar fim a essa situação. Agora vais viver lá fora, vais poder fazer amigos, vais saber que o mundo não é só estas 4 paredes, nem estes corredores, nem este cheiro a medicamentos. O mundo é outro e tens direito a conhecê-lo. Tu já vais atrasado para muita coisa. Já não vais para a escola de meninos pequenos, já não podes voltar atrás para recuperar a tua infância, mas podes viver e, sobretudo, aprender a viver agora. Vai, vai lá para fora e apanha o Mundo pelos cornos, parceiro!"

Eu levantei lentamente a minha cabeça até cruzar os meus olhos com os do Médico e fixei-os. Após uns segundos de silêncio olhando-o, perguntei porque razão já não me queria tratar?

Ele sem fugir ao meu olhar mas agarrando-me nas mãos, como quem tenta salvar alguém de se afogar, disse-me muito simplesmente:
"Porque não tens cura, parceiro."
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João Pessoa
  Poeta angolano

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Xenofobia na África do Sul

A África do Sul tem neste momento o movimento xenófobo de rua mais forte do mundo. É conflito de povo contra povo, sob pretexto de luta pelo mercado de trabalho não especializado. Este pretexto tem décadas. Antes era contra os mineiros de outros países que vinham trabalhar nas minas RSA. Já perdi a  conta  dos surtos massivos de agressão xenofoba em Jo'bourg e Durban .Agressões individuais isoladas são diárias, atingindo mesmo as escolas. Em varios países do continente, intelectuais, artistas  desportistas, políticos,etc propõem uma campanha de boicote à RSA, como no tempo do apartheid.