Está em curso desde há mais de um mês em vários pontos do Chile um importante movimento de protesto contra o assédio constante e a violência de que as mulheres são vítimas, desde locais de estudo e trabalho até à rua. Começou em faculdades e até escolas de ensino médio, espalhando-se. Não é movimento fechado em salas de reunião ou áreas de campus, vem para a rua, sendo no momento o principal movimento de luta na rua em toda a América Latina. Setores do movimento procuram articulá-lo com outros movimentos sociais, na chamada interseccionalidade, na verdade a articulação e coordenação de lutas. Um debate acompanha este movimento e deixo aqui o link do blog de Cristian Warnken no "El Mercurio" (Santiago) de hoje, garantindo a pluralidade informativa, característica deste blog.
http://www.elmercurio.com/blogs/2018/06/07/60798/Feminismo-Donde-esta-la-Diosa-Blanca.aspx
O movimento dirige-se contra o machismo impune, mas permite também abordar o tradicional patriacalismo latino-americano. Em virtude de simbolo usado por muitas manifestantes surgiu a expressão de "femininja" e apesar do frio, muitas manifestantes têm usado o semi-nu como tática de apresentação e impacto. Nisto coincidem com campanhas em outras partes do mundo. Este blog tem apoiado várias dessas campanhas - sobretudo pensando no continente africano para desfazer os tabús jihadistas contra o corpo da mulher e o direito desta escolher e decidir sobre seu próprio corpo. (Ver postagem de sexta feira, 11 de maio de 2018 e outras em campanhas de anos anteriores).
Seja com for, é opinião geral de que o movimento em curso tem todas as condições para mudar radicalmente muitos elementos e comportamentos políticos e culturais chilenos, dependendo da sua boa gestão.
fotos "El Salto", "El Mostrador" e Emol.".A terceira foto é em frente ao palácio presidencial de La Moneda.
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