Prossegue o maior movimento de desobediência civil pró democracia da atualidade, em Hong Kong, território autônomo chinês e terceira maior praça financeira do mundo. Se tiver capacidade para ação prolongada, vai exercer efeitos de grande peso na configuração mundial a vários níveis. Mas desde já fica novamente demonstrado que a reivindicação de liberdade aparece em todo o mundo, incluindo áreas de alto nível de vida. Enganam-se os que pensam em políticas de expansão econômica e vantagens sociais como substituto da democracia. Os povos querem a expansão, o bem estar social E a democracia,
O líder mais visível das manifestações em HK é um estudante de 17 anos, Joshua Wong, surpreendendo muita gente. Na verdade há muitos outros casos na História. Na Revolução francesa um jovem dessa idade comandou unidades militares e pouco depois chegaria ao alto oficialato. Na resistência anti nazi-fascista europeia, essa era a idade de muitos combatentes e em Luanda, há cerca de meio século, havia uma célula anti-colonialista muito ativa cujos membros tinham todos cerca de 16 anos.
Quase a propósito: O The Times Higher Education (THE) publicou a sua classificação mundial de universidades, 2014/2015, incluindo um total de 400. Metade - portanto duzentas - são vistas como o topo do ensino superior global. Das 10 primeiras, 8 são dos Estados Unidos ( com o Caltec em primeiro e Harvard em segundo) e 2 do Reino Unido (Oxford e Cambridge). África tem uma no grupo das 200: a Universidade de Cape Town (UCT) está em 124° lugar.
A melhor classificada dos países de língua portuguesa e da América Latina é a Universidade de São Paulo (USP) mas abaixo dos 200.
Na área das Ciências Sociais (abrangendo várias disciplinas, entre as quais Economia e Relações Internacionais), são mencionadas 100. Também estão na frente 8 USA e 2 UK. A este nível a UCT ocupa o lugar 57, não havendo nenhuma de língua portuguesa. Ainda nesta mesma área, a melhor dos emergentes é uma Universidade de Hong Kong (em 29°).