quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Economia do Brasil - Visão geral

 

No começo desta semana o Banco Central publicou seu Índice de Atividade Econômica, habitualmente mencionado como " prévia do PIB", que assinala alta de 0,2 % em agosto. 

No acumulado dos 12 meses até agosto há alta de 2,5% e no ano em curso de 2,9%. Comparando com igual período de 2023, o crescimento é de 3,1%, conforme este Índice. 

Os mais recentes dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, referem saldo positivo na balança comercial, da ordem dos 5,4 bi de USD em setembro e previsão de 70,4 bi até final do ano. É redução da ordem dos 28,9  bi com relação a 2023.

As exportações previstas podem atingir 335 bi USD e as importações 265,3 bi. Nas exportações tem relevo a redução no agroalimentar, efeito da diminuição das aquisições chinesas.

Nas importações há consideráveis componentes de bens de capital, traduzindo investimentos. 

Assim, nas exportações persiste dependência de um mercado e, por outro lado, mantem-se o quadro importador de produtos que o país já devia produzir, como fertilizantes e inputs de alta e média tecnologia. 

Na verdade são duas dependências que expõem a choques externos.

No mercado de trabalho em agosto, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram criados 232,5 mil novos empregos, elevando o emprego formal a 47, 2 milhões de pessoas. O emprego informal e pessoas com renda não salarial representam total relevante, num contexto de força de trabalho da ordem de 109,4 milhões, estando 101,8 milhoes com ocupação, conforme o Boletim do Mercado de Trabalho ( IPEA, 09.10.2024).

O desemprego está situado um pouco acima de 6%, o mais baixo nos últimos anos. 

Considerando a urgência de ampliar o poder aquisitivo interno, têm impacto evidente os níveis de renda. Salário mínimo está este ano em R$ 1.412,00 e o médio, no ano passado, estava em cerca de R$ 3.514,00.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (DIEESE), considerava em setembro deste ano R$ 6.657,55 como mínimo necessário. 

Resumindo: 

1.expectativa  de crescimento anualizado do PIB brasileiro em torno de 3%, bom na presente conjuntura mundial, mas ainda longe do ritmo que o potencial brasileiro permite alcançar. Sendo hoje uma das dez ou onze maiores economias do mundo, o Brasil pode projetar-se para a faixa das cinco ou seis maiores; 

2.necessidade de reforço macroeconômico com diversificação produtiva e de parceiros, bem como aumento da renda, elemento estrutural ligado ao alargamento das oportunidades ( implícito até na conideração precedente) e à subida na produtividade. 

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